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Acordou, conectou: redes sociais, o vício da nova geração

Redes Sociais

Nos últimos tempos, as redes sociais tornaram-se parte da vida dos jovens moçambicanos. Basta acordar que já está conectado, especialmente com a chegada nas redes sociais da funcionalidade “status/stories” que nos leva a querer partilhar a cada minuto o nosso estado de espírito. 

Presente no Instagram, Facebook e mais utilizada no Whatsapp, o stories permite aos utilizadores destas plataformas a possibilidade de partilhar conteúdo que desaparece após 24 horas e não aparece no feed de notícias da plataforma. 

A funcionalidade deu a possibilidade dos utilizadores partilharem momentos, frases, ideias e memes de forma fácil e rápida para os seus seguidores. Não partilhar um status/estado, tornou-se não está conectado.

É esta a nova funcionalidade que aos poucos aumenta a nossa por uma presença constante na rotina diária da geração Z, designação usada para referir quem nasceu num ambiente completamente digital.

No entanto, por trás dessa conectividade, esconde-se um fenômeno real e preocupante: um descontrolo da vida que inclui impactos na saúde mental e emocional dos jovens.

A busca pela partilha de momentos que muitas vezes é em troca de curtidas, comentários e compartilhamentos estimulam a liberação de dopamina, um neurotransmissor associado ao prazer, no cérebro. Essa recompensa instantânea leva as pessoas a buscar cada vez mais interações nas redes sociais, em busca da próxima “dose” de satisfação virtual.

E dessa “dose” de satisfação virtual, quando percebemos que pouco recebemos reações, mais chega-se à comparação constante com os outros, resultando em baixa autoestima, ansiedade, depressão e isolamento social. 

A partilha de momentos e ideias não é em si uma má ideia, mas caso seja feita numa procura pela validação, aumentará a pressão para se encaixar em determinados padrões que podem afectar negativamente a autoimagem e a felicidade pessoal. 

Fora isso, o vício em redes sociais pode interferir no desempenho acadêmico, no sono adequado e até mesmo nas relações pessoais offline.

Contudo, apesar dos impactos negativos, é importante destacar que nem todas as pessoas desenvolvem um vício em redes sociais. 

Muitos indivíduos conseguem usar essas plataformas de forma equilibrada e saudável, aproveitando os benefícios da conectividade e do compartilhamento de informações. 

Para quem luta com o vício em redes sociais, existem formas eficazes para cultivar um uso saudável dessas plataformas.

Uma das formas práticas é controlar essa dependência e estabelecer limites de tempo que usa as plataformas. Definir horários específicos para verificar as notificações ou mesmo desactivar para que não criem desconcentração. 

Também pode buscar actividades offline que tragam prazer e satisfação, como hobbies, exercícios físicos ou interações sociais no mundo real.

última análise, é importante equilibrar o uso das redes sociais com outras atividades e interações do mundo real, para que possamos desfrutar dos benefícios da conectividade online sem comprometer nossa saúde e bem-estar.

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