Novo ano e as demissões na indústria tecnológica persistem. Em apenas doze dias de 2024, tanto a Amazon quanto a Google, duas gigantes do sector, comunicaram a demissão de parte de seus colaboradores em suas operações.
Um memorando interno da Amazon revelou que demitirá centenas de funcionários em suas operações de streaming e estúdio, neste caso na Amazon MGM Studios e Amazon Prime (serviço online de vídeo sob demanda por assinatura que oferece programas de televisão e filmes para aluguel ou compra).
A nota interna refere, segundo o site The Guardian, em referência ao Mike Hopkins, vice-presidente sénior da Prime Vídeo e da Amazon MGM Studios, que a empresa identificou oportunidades para reduzir ou descontinuar investimentos em determinadas áreas.
“Identificámos oportunidades para reduzir ou descontinuar os investimentos em determinadas áreas, ao mesmo tempo que aumentamos o nosso investimento e nos concentramos em iniciativas de conteúdos e produtos que têm o maior impacto”, disse Mike Hopkins, em nota destinada aos funcionários.
O anúncio segue um outro comunicado que foi feito pela Twitch, empresa de transmissão ao vivo, que é subsidiária da gigante do comércio electrónico (Amazon), que demitiria cerca de 35% de sua força de trabalho, ou seja 500 funcionários.
Dan Clancy, director executivo do Twitch, fez saber com uma publicação num blog que a sua empresa tinha crescido demasiado, com a confiança de que o negócio teria uma rápida expansão, e assume que ainda há muito que se fazer para alcançar esta meta.
“Há algum tempo, a organização foi dimensionada com base em onde esperamos, de forma otimista, que nosso negócio esteja em três ou mais anos, e não onde estamos hoje”,
lê-se no The Guardian.
Do lado da Google, as demissões aconteceram nas divisões das equipes de hardware do Google responsável pelos produtos Pixel, Nest e Fitbit, da engenharia central do Google e do Google Assistant. A confirmação, feita ao site The Verge, revela que a marca eliminou “centenas” de funções em cada uma dessas divisões, o que resultou na demissão de cerca de mil funcionários.
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Até Setembro de 2023, a Google contabilizava 182 000 funcionários. As novas demissões anunciam a nova fase da empresa que tem como propósito procurar reduzir as despesas à medida que se concentra na inteligência artificial e juntando-se ao número de outras empresas do sector de tecnologia que à medida que o tempo passa tem vindo a reduzir o número de trabalhadores.
Uma decisão difícil, mas que devia ser feita, é assim que a Google analisa a nova acção que também afectou uma equipa que trabalha em realidade aumentada, tecnologia que combina o mundo real com o digital.
Para obtenção de mais detalhes, o site The Verge contactou a porta-voz da Google, Courtenay Mencini que não mencionou os outros despedimentos, mas escreveu revelou que “várias das nossas equipas fizeram alterações para se tornarem mais eficientes e trabalharem melhor” e que “algumas equipas continuam a fazer este tipo de alterações organizacionais, que incluem algumas eliminações de funções a nível global”, escreve o The Verge.
A Amazon cortou mais de 27.000 empregos no ano passado e o Google 12.000, como parte de uma onda de demissões de tecnologia dos EUA. Mas não estiveram sozinhos. O Facebook e a Microsoft demitiram 10.000 trabalhadores em 2023.
Fonte The Guardian The Verge The New York Times
