Depois do Angosat-2, Angola pretende lançar outro satélite, desta vez para observar a terra a ser construído pela Airbus em território francês, com objectivo de aproveitar os benefícios das tecnologias espaciais para o desenvolvimento social e económico de Angola.
Denominado ANGEO-1, vai permitir “estimar a produtividade agrícola, o monitoramento de desflorestação, a monitorização de obras de construção, detecção de derrames de petróleo e detecção de navios”.
Segundo o ministério angolano das Telecomunicações, este será o primeiro satélite angolano deste tipo e com o seu lançamento, será possível obter mais de mil imagens de alta resolução por dia, com capacidade de aquisição extremamente alta para cobertura local, nacional e regional.
Com o acesso a imagens de satélite, o projeto contribuirá significativamente para o desenvolvimento de infraestruturas, mapeamento de recursos naturais e vigilância marítima.
O governo local afirmou que, uma vez operacional, o Angeo-1 será o satélite mais avançado e capaz em sua categoria na região.
Leia Também:
- Angola recebe da China 249 milhões de dólares para acelerar a inovação
- Kamba: uma rede social de Angola para angolanos
Isso possibilitará o desenvolvimento de ferramentas espaciais que darão suporte à tomada de decisões em áreas civis, públicas e de segurança.
Além disso, pelo menos 15 especialistas angolanos serão treinados para operar o Angeo-1. Na área acadêmica, serão oferecidos programas de mestrado e doutorado na área espacial.
A acção dá continuidade ao programa de construção, reforço e alargamento das competências internas através de programas de transferência de conhecimento e treinamento direcionado.
O objectivo é, também, inspirar e motivar as novas gerações para uma carreira na ciência, tecnologia e noutros campos relacionados com o espaço.
Diferentemente do Angosat-2, o ANGEO-1 é um satélite de observação da Terra que tem uma ampla gama de aplicações.
Com a construção e entrada em funcionamento do ANGEO-1, será possível fazer mais de mil imagens de alta resolução por dia com extrema capacidade de aquisição para uma cobertura local, nacional e regional, sendo altamente eficiente para as principais aplicações angolanas.
Assim como aconteceu com o Angosat-2, a construção e colocação em órbita de um satélite traz inúmeros benefícios para o país. Além de reduzir a dependência de outros países, Angola pode fornecer serviços de satélite e gerar receitas.
Antes da entrada em funcionamento do Angosat-2, o país gastava entre 15 e 30 milhões de dólares por mês alugando largura de banda de empresas estrangeiras de satélites. Com a construção do ANGEO-1, espera-se que Angola reduza ainda mais esses gastos.
Sob a coordenação do Ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, Angola tem desenvolvido diversas aplicações no domínio espacial, utilizando imagens de satélite fornecidas pela Airbus Defence and Space France.
Fonte Jornal de Angola




