As subidas e descidas do WeWork

A WeWork é uma empresa criada em 2010 por Adam Neumann e Miguel McKelvey em resultado do empreendimento anterior de ambos: a Green Desk. A empresa ganhou destaque por disponibilizar espaços de coworking para pequenos empreendedores, oferecendo infraestrutura de qualidade e uma cultura que incentiva a convivência em comunidade.

A criação foi inspirada na busca pela mudança do mundo actual num sentido em que “A WeWork está para criar um mundo onde as pessoas ganhem a vida e não apenas vivam”, disse Adam à TIME em 2017, da ideia de construção da primeira rede social física do mundo.

A empresa define-se como a casa das empresas de tecnologia, proposta de alugar imóveis em várias cidades ao redor do mundo e convertê-los em espaços de coworking modernos e convidativos, principalmente a empreendedores.

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De uma recepção brilhante dos olhos do público, em poucos anos, a startup já possuía escritórios em mais de 100 cidades pelo mundo. Em 2016, a empresa chegou a um valor de US $10 bilhões, duplicado em julho de 2017, após os investimentos de Masayoshi Son, que injectou US $3 bilhões na empresa.

Em 2019, a SoftBank, fundo de investimento Japonês, anunciou que faria um investimento de 6 bilhões de dólares na companhia que fez com que a mesma fosse avaliada num valor de 47 bilhões de dólares, tornando-se na segunda startup mais poderosa dos Estados Unidos de America (EUA).

Neste mesmo ano, nascia o novo nome da empresa: Wecompany, que seria a inclusão de novos empreendimentos que compartilhavam dos mesmos princípios da empresa mãe. Dentre alguns deles, estavam a WeGrow, escola de nível fundamental que visava trabalhar a autonomia das crianças, e o WeLive, empreendimento que investia no coliving-conceito de apartamentos com áreas de convivência comuns para alugar.

O investimento da SoftBank no Wework fez com que a fortuna do CEO, Adam Neumann, estivesse na linha dos 4.1 bilhões de dólares. No entanto, em meio a tanto rio de dinheiro, em menos de um ano, a empresa foi à falência.

O primeiro passo da queda foi a existência de muito dinheiro e falta de um modelo claro de negócio ou de como gastar o próprio dinheiro, mas, o verdadeiro desastre viria do anúncio da empresa da abertura do capital na bolsa de valores, e foi com este passo que aos dados financeiros da empresa tornaram-se públicas e percebeu-se o desempenho real da marca.

Aqui verificou-se que durante três anos houve uma perda de 2.9 bilhões que significava que a empresa tinha mais gastos e menos lucros.

Uma outra causa esteve relacionada com a compra de propriedades por Neumann e depois alugar para a própria empresa WeWork.

Como forma de resolver o problema, o SoftBank pagou a Neumann US $1.7 bilhão para renunciar e assumiu uma participação de 80% na empresa, que passou a ser avaliada em cerca de US $8 bilhões.

A situação inspirou o lançamento da série ‘We Crashed’ que apresenta a ascensão e queda da empresa e o hábitos de consumo audaciosos do seu cofundador Adam Neumann e sua esposa, Rebekah que depois de receber bilhões de dólares em financiamento iniciou um número alto de planos de empresas que desejam iniciar.

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