Para travar o aumento dos ataques online, impulsionado pela digitalização e pela expansão dos serviços digitais, Burkina Faso lançou, no início de Fevereiro, uma plataforma para denúncias de crimes cibernéticos.
O Ministério da Segurança, através da Brigada Central de Combate ao Cibercrime (BCLCC), desenvolveu a plataforma “Alerte-BCLCC”. Está disponível para download na Play Store (Android) e na AppGallery (Huawei).
Actualmente, qualquer cidadão pode denunciar, de forma segura e confidencial, actos de crime cibernético. Além disso, a plataforma permite reportar conteúdos que incentivem o terrorismo online em qualquer ponto do país.
Com apenas alguns cliques, os utilizadores enviam informações essenciais ao BCLCC. Dessa forma, as autoridades conseguem intervir com mais rapidez e precisão.
Outras notícias para ler:
- Burkina Faso lança seu primeiro carro eléctrico
- Costa do Marfim cria telemóvel que fala línguas africanas
Segundo Mahamadou Sana, Ministro da Segurança, esta ferramenta permitirá às forças especializadas agir com maior eficiência. Além disso, ajudará a compreender melhor as tendências e a reforçar as medidas contra o crime cibernético.
A iniciativa faz parte da estratégia do governo para reforçar a segurança digital. Surge, ainda, num período de transformação acelerada, marcado pelo crescimento dos serviços de comunicação electrónica e pelo aumento dos ataques cibernéticos.
Entre 2020 e 2023, criminosos cibernéticos extorquiram cerca de 5 milhões de dólares do Burkina Faso, segundo dados das autoridades nacionais. Esse cenário, portanto, reforça a necessidade de soluções eficazes para combater tais ameaças.
Face a estes desafios, o governo aprovou, em Novembro passado, a Estratégia Nacional de Combate ao Crime Cibernético 2025-2029. O plano pretende modernizar os mecanismos de resposta às ameaças digitais e fortalecer a protecção dos cidadãos.
Com esta plataforma inovadora, Burkina Faso demonstra o seu compromisso em garantir um espaço digital mais seguro e adaptado às novas exigências de segurança.
Fonte wearetech
