China planeia usar o seu programa de exploração espacial para testar a viabilidade do uso de tecnologia de impressão 3D na construção de edifícios na superfície da Lua, segundo a imprensa local.
De acordo com Wu Weiren, cientista da Administração Espacial Nacional da China, cuja data de lançamento ainda não foi anunciada, a sonda lunar Chang’e-8 terá a missão de investigar o ambiente e a composição mineral da Lua, bem como testar a viabilidade da utilização da tecnologia de impressão 3D na sua superfície.
“Se quisermos estabelecer uma presença a longo prazo na Lua, precisamos de criar estações que utilizem materiais lunares”, disse o especialista, segundo o jornal chinês de língua inglesa China Daily.
A construção de “tijolos de solo lunar” será feito por um robô que será lançado durante a missão Chang’e 8 por volta de 2028, de acordo com um especialista da Academia Chinesa de Engenharia.
A corrida para pisar na Lua se intensificou nos últimos anos, principalmente nos Estados Unidos.
Neste mês, a NASA e a agência espacial do Canadá nomearam quatro astronautas para a missão Artemis II planejada para o final de 2024, no que seria o primeiro sobrevoo humano da lua em décadas.
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Várias universidades chinesas, incluindo a Tongji e a Jiatong, começaram a investigar potenciais aplicações da tecnologia de impressão 3D no satélite natural da Terra.
A Chang’e-8 será a terceira sonda lunar a aterrar na Lua na próxima fase do programa de exploração lunar da China. Antes da Chang’e-8, espera-se que sejam lançadas a Chang’e-6 e a Chang’e-7.
O programa Chang’e (nome de uma deusa chinesa que, segundo a lenda, reside na Lua) começou com o lançamento da sua primeira sonda em 2007.
Nas últimas décadas, a China investiu milhares de milhões de dólares no seu programa espacial.
A China enviou o seu primeiro astronauta para o espaço em 2003. No início de 2019, o país aterrou com sucesso uma nave espacial no lado mais distante da Lua, uma estreia mundial.
Em 2020, a China trouxe amostras lunares à Terra e completou o seu sistema de navegação por satélite Beidou, um concorrente do GPS americano.
Embora o uso da impressão 3D seja uma técnica promissora para a construção na lua, existem desafios importantes a serem superados, como a necessidade de desenvolver materiais capazes de suportar as condições extremas da superfície lunar.
Além disso, a construção de uma base lunar envolve questões políticas e econômicas, incluindo a segurança, cooperação internacional e a equidade no acesso aos recursos e benefícios da exploração lunar.
Fonte CNN Brasil
