China proíbe o uso de iPhone

China

O governo chinês deu orientações aos funcionários das principais organizações governamentais para que não utilizassem iPhones da Apple ou outros smartphones de marcas estrangeiras no trabalho.

O anúncio aconteceu semanas antes da Apple apresentar o seu novo modelo de iPhone, neste caso o iPhone 15. A proibição acontece numa altura em que as tensões deste país com a americana têm aumentado, e pode levantar receios entre as empresas internacionais que têm negócios no país. 

Segundo o artigo, os funcionários receberam as directivas dos seus supervisores em reuniões ou em salas de conversação no local de trabalho. No entanto, não ficou claro qual a extensão da divulgação das directivas.

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Fora a Apple, o relatório não nomeou outros fabricantes de telefones que têm os seus dispositivos com uso proibido da parte dos dirigentes do país.  Logo no início, as ações, em dinheiro, caíram 1,5%.

O bloqueio das actividades está concentrado num sonho que a China já vem construindo há mais de uma década, onde busca reduzir a dependência de tecnologias estrangeiras, pedindo às empresas estatais, como os bancos, que mudem para software local e promovam o fabrico nacional de chips semicondutores.

Chips semicondutores ou chips semicondutores são parte integrante da electrónica moderna e dos dispositivos informáticos. Os chips desempenham um papel crucial no funcionamento de computadores, smartphones e muitos outros dispositivos electrónicos

A busca pela dependência  intensificou-se em 2020, quando foi proposto pelos seus líderes o chamado modelo de crescimento de “dupla circulação” para reduzir a dependência dos mercados e tecnologias estrangeiros, à medida que aumentavam as suas preocupações com a segurança dos dados.

Desde maio, a China aumentou a sua velocidade na corrida para alcançar a autossuficiência tecnológica, no meio de tensões com os Estados Unidos, instando as grandes empresas públicas a desempenhar um papel crucial.

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Os Estados Unidos e a China estão em desacordo, com Washington a trabalhar com aliados para negar à China o acesso a equipamento crucial necessário para manter a competitividade do seu sector de semicondutores, enquanto Pequim limita os envios de empresas americanas bem conhecidas, incluindo a fabricante de aviões Boeing e a fabricante de chips Micron Technology.

Vários observadores declararam que os rumores demonstravam a determinação de Pequim em diminuir a sua dependência das tecnologias americanas e a sua vontade de atacar qualquer empresa americana.

Tom Forte, analista da D.A. Davidson, afirma que “nem mesmo a Apple está imune… na China, onde emprega centenas de milhares, se não mais de um milhão de trabalhadores na montagem dos seus produtos”.

No caso de as tensões se agravarem, isso “deverá inspirar as empresas a diversificarem as suas cadeias de abastecimento e as concentrações de clientes, de modo a serem menos dependentes da China”.

A China é um mercado importante para a Apple, sendo que um quarto das vendas dos seus dispositivos provém deste mercado.

No entanto, segundo o analista Angelo Zino, da CFRA Research, dada a popularidade do iPhone entre utilizadores normais localmente, não deverá haver efeitos imediatos na rentabilidade.

As empresas norte-americanas queixaram-se à Gina Raimondo, secretária do Comércio dos Estados Unidos, que a China se tinha tornado “pouco atraente” quando ela esteve na China na semana passada, citando sanções e outras restrições.

Fonte Reuters

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