Clayton Matule cria simulador para domínio na importação de veículos

Simulador Matule

Comprar carro em Moçambique, através da importação, continua a ser uma dor de cabeça para os jovens que buscam facilitar a sua mobilidade, muita das vezes motivado pela falta de conhecimento dos procedimentos e outras pelas taxas de importação que são desconhecidas e consideradas por muitos bem altas. 

Como forma de mudar esse paradigma, o jovem Clayton Matule resolveu criar o Simulador, uma solução que permite aos utilizadores calcular o preço que lhes pode custar a importação de um veículo a contar com todos os direitos que devem ser pagos.

“A calculadora irá eliminar o tabu que importar um veículo custa muito caro e irá aproximá-lo do seu carro dos sonhos”, conta em conversa com a Kabum Digital.

A criação da solução está ligada com a sua história para importar seu primeiro veículo no ano passado através da Beforward. Foram 2 a 3 meses a pensar se importaria ou não pelo receio dos direitos a serem pagos no processo. Clayton não tinha ideia de quanto poderia lhe custar e também, residia o medo do carro não ser entregue, ou seja, ser burlado.

“Não fazia ideia de quanto tudo ia custar ou mesmo se o veículo chegaria aqui em Moçambique. Portanto, tive que correr atrás de informações para poder tomar uma decisão definitiva.”

Com a corrida para obtenção de mais informações, descobriu que o processo é mais simples do que parece e os custos não são nada assustadores. 

O processo levou com que criasse  uma pequena planilha em Excel para fazer os cálculos rápidos, mas, “com o tempo, percebi que várias pessoas têm o mesmo receio; e não fica bem andar a partilhar planilhas Excel enquanto sou programador”, e foi assim que nasceu o simulador.

Com o simulador, o objectivo é criar visibilidade para as pessoas sobre quanto irá custar adquirir um carro. Diariamente, cresce o número de jovens que buscam comprar um veículo pela primeira vez e, pode ser aterrorizante quando não tem acesso a documentos ou ferramentas facilmente acessíveis e simples de perceber, pois, “esses jovens podem tomar decisões que não serão benéficas para o seu bolso”, conta.

A base da aplicação foi toda ela feita do zero, uma vez que, segundo conta, não existem APIs públicas para nenhum dos serviços implementados na solução. Tanto a API da Be Forward quanto a de busca da pauta aduaneira da JUE (janela única eletrónica), sendo estas as referências utilizadas para a simulação.

API pode ser descrito como uma forma de dois ou mais programas de computador se comunicarem entre si. É um documento ou padrão que descreve como construir ou usar tal conexão ou interface é chamado de especificação de API.

Como tudo funciona?

Imaginemos que viu um automóvel na Be Forward e pretende importar, poderá copiar o link da página do carro que se pretende importar, posteriormente irá colar numa aba no simulador. Feito isso, a aplicação fornecerá dados dos custos ligados Despesas da Viatura, Despesas Aduaneiras, Direitos Aduaneiros, Imposto Consumo Específico, IVA (16%), Taxa de serviços aduaneiros, Taxa de rádio, Despesas Locais & Portuárias, Agente de Navegação, INATTER, Registro Automóvel, MCTL/Parqueamento.

Há 6 anos que Clayton Matule tornou-se num profissional na área de tecnologia. Descreve-se como alguém que busca pela resolução dos problemas enquanto se diverte “não importa o quão pequeno seja, contanto que isso facilite a vida de pelo menos uma pessoa”.

“Problemas são muitos, portanto, espero poder ajudar a simplificar a vida das pessoas com soluções que realmente têm impacto”.

O Simulador não é a primeira solução do jovem, mas sim a terceira. A primeira solução por si criada foi de Monitoria de Covid-19 em Moçambique e a segunda solução é o “Nikombela Stickers”, onde qualquer um pode criar stickers directamente no Whatsapp, através do envio de uma imagem ou vídeo para um determinado número.

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