Conheça a jovem de 18 anos que está promover o bom uso da Inteligência Artificial

Sneha

A Inteligência Artificial (IA) tem se desenvolvido a uma velocidade incrível, e quanto mais se desenvolve, mais surge a necessidade de lutar pelo bom uso desta ferramenta. É o que faz a jovem indo-americana Sneha Revanur, que, no meio da implementação da IA, busca garantir que os direitos humanos sejam respeitados.

Para fazer frente a esta luta, Sneha Revanur, estudante na Williams College, em Massachusetts, criou a Encode Justice, um grupo com mais de 900 membros estudantes do ensino secundário e universitário de todo o mundo, com o objectivo de lutar pelos direitos humanos, responsabilidade e democracia na era da IA. 

O grupo foi fundado quando tinha 15 anos de idade com o objectivo de promover a IA centrada no ser humano, por meio de defesas políticas e eventos que exploram a ética da inteligência artificial. 

A criação deste grupo levou com que a jovem emergisse como uma voz importante na governança da IA, destacando a importância de regulamentações para proteger os direitos humanos, a democracia e a equidade na era da tecnologia. 

Uma das primeiras campanhas do Encode Justice foi o estudo dos impactos de uma ferramenta de previsão de reincidência que tinha sido utilizada por tribunais para determinar se um arguido (acusado) tinha ou não probabilidade de voltar a cometer o mesmo crime, e descobriu-se que havia na solução um preconceito racial, bem como noutros tipos de ferramentas utilizadas na contratação, na educação. 

“É realmente importante que nos libertemos desta perceção de que os algoritmos são automaticamente objectivos e neutros e que pensemos de forma mais crítica sobre onde os estamos a utilizar na sociedade”, conta Sneha citada pelo site Williams.

Alinhado com esta busca, Revanur e os seus colegas têm oferecido  workshops a estudantes de todo o mundo sobre temas como a ética da IA, a intersecção da justiça social e da computação e o preconceito algorítmico onde já participaram mais de 15 000 estudantes.

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A jovem pretende mostrar o seu envolvimento ao longo prazo, com o desejo de continuar a fazer este trabalho até não precisar de o fazer mais, por este já não ser necessário.

Sneha Revanur e Encode Justice ajudaram na reedição do “Blueprint for an AI Bill of Rights ” cinco princípios que orientam o design, uso e implementação de tecnologia automatizada, lançado pela Casa Branca em 2022. 

No início do ano, enviaram uma carta aberta ao Escritório de Política de Ciência e Tecnologia da Casa Branca buscando a inclusão de jovens nos conselhos consultivos e de supervisão de IA dos líderes do Congresso. 

A crença é que seja possível controlar a Inteligência Artificial, mas é necessária muita coordenação intergovernamental porque o desenvolvimento está a tornar-se cada vez mais sem fronteiras. 

Neste ano, através do seu trabalho, entrou para a lista, da primeira edição, das 100 Pessoas Mais Influentes na Inteligência Artificial promovida pela revista americana TIME. 

Trata-se de uma lista que reconhece o poder da Inteligência Artificial, e alinhado a isso  reconhece as vozes por trás de cada avanço, num  trabalho humano que torna a utilização de grandes modelos linguísticos mais seguros e relevantes, desde quando e como usar melhor essa tecnologia.

Em termos de experiência, já estagiou no Center for AI and Digital Policy, um grupo de investigação sem fins lucrativos em Washington, com o apoio do Alumni Sponsored Internship Program da Williams. Futuramente, planeia frequentar a faculdade de Direito e trabalhar em Washington, D.C em políticas de IA e tecnologia.

Fonte Williams

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