A Comunidade moçambicana de desenvolvedores informáticos MozDevz, realizou no início deste mês, a primeira edição da conferência sob a designação Data Wave, em Maputo, concretamente na Faculdade de Engenharia da Universidade Eduardo Mondlane.
Segundo a descrição, através do Data Wave a comunidade pretende garantir que os participantes possam ter uma contextualização sobre a relevância do campo de ciência de dados, entender conceitos básicos e poder criar os seus primeiros modelos.
Com a temática “Explorando o Potencial da Ciência de Dados e Inteligência Artificial”o evento contou com mais de 1080 pessoas interessadas, e conseguiu ter presente no evento 226 participantes onde foram expostos às oportunidades que se abrem com o domínio da ciência de dados e da Inteligência Artificial que se coloca como amigo do homem e, na mesma, como um “inimigo”.
No que foi o evento, o mesmo serviu como ponte entre profissionais das áreas de dados e inteligência artificial, aspirantes pela área e amantes da tecnologia, onde tornou-se possível perceber oportunidades e desafios no ramo da ciência de dados no contexto local e explorar a criação de modelos e exploração de dados.
Na abordagem destes temas, esteve como oradores e painelistas nomes sonantes da indústria de tecnologia, com foco em especialistas em Ciência de Dados.
A Conferência teve seu início com o Ornelle Joel Nhaca, Chefe de Secção de Monetização de Dados na instituição bancária Standard Bank que apresentou os “Desafios da implementação de dados dentro da organização e como superá-los”.
À abordagem do tema, o profissional levou a saber quais são os passos a ter em conta nesse processo e como Moçambique está posicionado no uso de dados e da própria Inteligência Artificial.
A seguir, abriu-se o painel de discussão que veio a reforçar os desafios, mas com uma visão para as oportunidades na área de ciência de dados no contexto local. No painel esteve Marcel Saraiva (Chefe de dados e análises no FNB Moçambique), Laudio Mufume (Gestor da Área de Dados na Vodacom)e Camilo Amarcy (Director de Informação de Gestão no Moza Banco).
Para a explicação sobre Ciência de Dados e Machine Learning (Aprendizado de Máquina), esteve a Margarida Mogas que é Engenheira de Dados na Vodacom e explorou como os dados podem ser utilizados para a tomada de decisões certeiras e que favorecem o crescimento da empresa ou projecto.
“Super gratificante poder falar de jovens para jovens”
Margarida Mogas
Para a Analista de Dados, foi “super gratificante poder falar de jovens para jovens sobre um tema que é de interesse público”, escreve no seu Linkedin onde destaca que foi oportunidade única partilhar o tema com mais de 200 pessoas.
Ao fim do evento, Richaldo Elias, Engenheiro de Dados e Analista de Dados recuperados que deu seguimento ao CodeLab, que serviu para mostrar como é o fluxo de trabalho de um profissional de dados e como é a gestão destas informações num circuito mais realístico.
Num regresso para o evento, Abneusa Manuel, pesquisadora e analista de negócios e moderadora do painel de discussão sobre “Oportunidades e desafios na área de ciência de dados no contexto local”, escreve no seu Linkedin que foi uma “honra e o privilégio de moderar um debate com Experts (especialistas) em Data Science Marcel Saraiva Camilo Amarcy e Láudio Mufume”.
O impacto foi e é notório.
MozDevz
Através da publicação nas suas redes sociais, a MozDevz afirma que o evento foi “simplesmente incrível, proporcionando palestras inspiradoras, CodeLab prático, networking enriquecedor e muita inspiração para todos os participantes”, lê-se na publicação.
MozDevz é actualmente a maior comunidade de desenvolvedores de Moçambique. É liderada pelo jovem moçambicano Igor Sambo, e tem como propósito proporcionar oportunidades de partilha de conhecimento e desenvolvimento de habilidades para a criação de produtos digitais a jovens durante o período de formação e contribuir para o desenvolvimento da sociedade através das soluções desenvolvidas.
Para além da conferência de dados, na mesma semana, a comunidade realizou, em Nampula, o Code in the Dark que contou com amantes de tecnologias, onde são desafiados a escrever código a partir do zero, sem o auxílio de documentação, utilizando apenas o editor de texto e sua habilidade técnica, e sem visualizar o resultado do mesmo.




