A Django Girls está de regresso à cidade de Matola e Maputo para a quinta edição do workshop de programação para mulheres a acontecer no dia 15 de Abril na Universidade Técnica Diogo Eugénio Guilande.
O Workshop Django Girls é um evento que acontece uma vez por ano numa cidade com intuito de aproximar as mulheres no mundo tecnológico. O regresso a Maputo e Matola, acontece após as últimas edições terem acontecido na cidade de Xai-Xai.
Para Shelcia, co-organizadora do Django Matola, uma vez que não houve nenhuma edição do workshop em Maputo, “as expectativas são muito altas, para nós os organizadores sair de lá com mulheres motivadas já será um grande sucesso”, conta a Kabum.
“Para as participantes, podem esperar encontrar oportunidades incríveis de networking já que terão treinadoras experientes”,
disse Shelcia.
O regresso dos workshops para a capital moçambicana é resultado de um bom feedback e aceitação que o evento já teve, como oportunidade de muita aprendizagem.
No evento, as participantes poderão através destas linguagens de programação (HTML, CSS, JavaScript) e o framework django aprender a criar o seu próprio blog.
“Preparamos um workshop de programação super, onde você vai aprender sobre HTML, CSS, JavaScript e claro o framework django”,
refere na descrição do evento.
Já Bibiacha, Co-organizadora do Django Maputo, espera com este evento o alcance do aprendizado técnico, empoderamento, inspiração, conscientização sobre diversidade, projectos práticos, oportunidades profissionais e discussões sobre desafios.
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Outro ponto é que nessas duas cidades a capacidade e interesse flui sem esforço, uma vez que 85% das participantes possuem o equipamento e só falta mesmo uma oportunidade para aproveitar o uso dessas tecnologias.
Desde o início com Django Girls, isto em 2018, Cecília Tivir, organizadora do Django Girls, acredita que os eventos fomentaram a necessidade de se ter mais desenvolvedoras e desenvolvedores Python, que é uma das linguagens mais usadas no workshop.
A fundadora do movimento para Moçambique também reforça que ajudou no desenvolvimento de habilidades dos coaches, organizadores e participantes.
Observa-se avanços em áreas como inteligência artificial, internet das coisas, desenvolvimento de aplicativos móveis e acessibilidade digital, como também um aumento na conscientização sobre a importância da diversidade e inclusão na tecnologia.
Sobre a organização destas edições, Cecília afirma que esteve ligado com a facilidade do processo de organização, uma vez que os organizadores, parceiros ou grupos de apoio estão concentrados na capital.
“Regressar nessas duas cidades, foi pela facilidade do processo de organização. Existem diversas variáveis envolvidas e sem contar que todo integrante deste processo é um voluntário”,
disse concluindo que em Maputo e Matola já foi criada uma base sólida.
O Django Girls já teve as suas edições a acontecerem em Chokwé, Xai-Xai e Chongoene, onde também se estabilizou, com a possível realização noutros pontos do país para ampliar a presença da mulher na tecnologia.