O digital, tem sido um espaço motor no surgimento e evolução de novas formas de expressão ou nascimento de novas profissões. Uma das areas que mais evouiu, foi a audiovisual, onde o fotógrafos, cineastas e ou produtores passaram a ter um novo espaço para partilhar o seu talento. Moçambique, não é excepção, o país tem visto uma nova geração de talentos emergir neste campo, e um desses jovens talentos é Douglas Condzo, fotografo e cineasta.
Nascido em Maputo e com formação em hotelaria e turismo, chegou na fotografia após uma passagem pela mundo da música, influenciado pelo seu amigo e também fotógrafo Sousa Domingos. Nessa altura, resolveu dar uma parada na sua actividade musical para dedicar-se a perceber perfeitamente a fotografia e como a mesma pode lhe ser útil.
“Minha formação foi hotelaria e turismo e na altura eu pensei que aquilo fosse minha cena e estava feliz, mas quando descobri fotografia fiquei tipo estava enganando, minha cena é esta.”
Conta Douglas Condzo em conversa no Kubhula Podcast.
A sua paragem com a música e dedicação somente a fotografia foi movido pela compreensão da impossibilidade de fazer duas coisas e aos mesmos tempo garantir sucesso em ambas partes. E de lá até cá, a fotografia e ou o audiovisual tornou-se a sua e ele tem dedicado sua vida a aprimorar suas habilidades e capturar imagens incríveis.
Uma das características distintas do trabalho de Douglas é não apenas limitação à beleza estética. Mas também interessado em temas sociais e políticos e utiliza a fotografia como uma forma de documentar a vida e as lutas da sociedade moçambicana. Suas fotografias são uma representação da cultura, da história e das pessoas de Moçambique.
Como cineasta, em 2019, lançou a sua primeira curta-metragem intitulada “A Voz de um Pincel” retratou a poluição na lixeira de Hulene, no bairro de Hulene, e seu impacto na comunidade local. A curta-metragem foi selecionada para a CineEco, o único festival em Portugal dedicado à temática ambiental em seu sentido mais amplo.
No ano seguinte, em 2020, Condzo ganhou o festival FILMINHOS, organizado pelo Maputo Fast Forward, com seu curta-metragem intitulado “Hair Masters”, que aborda brevemente a questão da migração.
Do seu percurso, revela que as redes sociais tiveram um papel fundamental no “kabum” da sua carreira, principalmente no tempo da pandemia da Covid, onde com base nas redes sociais, portas começaram a abrir e mais público teve acesso ao seu trabalho que se destava por explorar a fotografia de rua que pouco era feita ou publicada na altura.
Em março de 2021, exibiu seu projecto fotográfico “Fragments” na Eclectica Contemporary, em Cape Town, que aborda o comércio informal em Moçambique e na África. Em junho do mesmo ano, Condzo expôs novamente seu projeto “Fragments” na Youngblood Gallery, em Cape Town. Seu objetivo é iluminar e capturar momentos de ternura, complexidade e beleza através de imagens.
O seu trabalho de Douglas tem sido reconhecido em todo o país, principalmente no seu instagram onde tem partilhado o seu trabalho.




