Elon Musk está a processar a OpenAI, criadora da famosa solução de Inteligência Artificial ChatGPT, e o seu CEO, Sam Altman, por esta ter se distanciado dos objectivos da sua missão inicial de desenvolver tecnologia de inteligência artificial que irá beneficiar a humanidade para foco no lucro.
Número 1 na lista dos bilionários do mundo, Elon Musk acredita que a OpenAI está a utilizar o GPT-4, modelo de linguagem que pode resolver problemas difíceis com maior precisão, para “maximizar os lucros”, o que constitui uma violação dos termos da sua criação, sendo que Musk foi um dos cofundadores.
Em acção judicial apresentada a um tribunal de São Francisco, na Califórnia, Musk alega que a parceria da OpenAI com a Microsoft transformou a organização “numa subsidiária de facto de código fechado” da Microsoft.
As violações incluem manter o design do modelo GPT-4 da OpenAI em “segredo total”, com a afirmação de que se trata de uma decisão que foi “principalmente motivada por considerações comerciais, não por segurança” e que o modelo GPT-4 é agora um algoritmo pertencentes à Microsoft.
Com a ação judicial, pretende-se forçar a OpenAI a aderir ao seu acordo de fundação e “voltar à sua missão de desenvolver inteligência artificial para o benefício da humanidade”, em vez de beneficiar Altman, Brockman e a Microsoft.
“Até hoje, o site da OpenAI. continua a afirmar que o seu objectivo é assegurar que a AGI (Inteligência Artificial Generativa) beneficie toda a humanidade. Na realidade, a OpenAI foi transformada em uma subsidiária de fato de código fechado da maior empresa de tecnologia do mundo: Microsoft”,
refere a ação judicial.
Outras notícias:
- Criadora de ChatGPT lança solução que transforma texto em vídeo
- Jornalista moçambicana lança assistente virtual baseada em inteligência artificial
De acordo com o processo, o modelo GPT-4 da OpenAI lançado em março de 2023 não é apenas capaz de raciocinar, mas também é “melhor em raciocínio do que a média dos humanos”, tendo pontuado no 90% no Exame Uniforme de Ordem para advogados.
Musk co-fundou a OpenAI em 2015, porém, actualmente, não mantém mais uma participação na empresa. Sam Altman e o presidente da OpenAI, Greg Brockman, comprometeram-se em tornar o projecto uma organização sem fins lucrativos e sua tecnologia de código aberto.
O actual dono do Twitter (rede social conhecida actualmente por X) abandonou a direção da empresa em 2018, isto quatro anos depois de ter dito que a IA é potencialmente mais perigosa do que as armas nucleares.
Código aberto é um modelo de produção descentralizado que permite a qualquer pessoa modificar e compartilhar tecnologias porque seu projeto é acessível ao público. O termo se originou no contexto de desenvolvimento de software para indicar que o software está em conformidade com determinados critérios de distribuição gratuita.
