O grupo de comunicação espanhol Mediaset apresentou a sua última inovação que está a redefinir o conceito de apresentação televisiva.
Trata-se da Alba Renai, uma apresentadora de televisão totalmente criada por Inteligência Artificial, que está na dianteira desta revolução, sendo a apresentadora do programa semanal do reality show “Survivors” (Sobreviventes) no canal Telecinco.
Inteligência Artificial, também conhecida pela sigla IA, é uma área da tecnologia que se concentra no desenvolvimento de sistemas e programas capazes de realizar tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana.
Sobreviventes é a versão espanhola do popular reality show televisivo que submete os concorrentes a um local remoto, com falta da maior parte dos confortos da vida, como a comida e a tecnologia. Durante 39 dias, os concorrentes são submetidos a desafios e a um cansaço físico e mental.
O programa teve início dia 14 de março e a apresentadora ficará encarregue da cobertura digital do reality show e de conduzir o espaço que promete “conteúdos inéditos e exclusivos sobre a experiência dos 19 concorrentes nesta edição”.
O programa de televisão é real, a rubrica com os resumos semanais também existem, os concorrentes também, apenas a apresentadora que não é real. A inteligência artificial implementada neste projeto consegue reproduzir não só a animação realista da mulher pixelizada, neste caso a Alba Renai, mas também a voz.
Alba Renai não é somente uma apresentadora, é também uma digital influencer completa, nascida em Madrid e com apenas 24 anos. Criada em setembro do ano passado, Alba já marca presença, não só na televisão, mas em plataformas de redes sociais como o Instagram, onde tem mais de 5 mil seguidores, e com quase 14 mil seguidores no TikTok.
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Descreve-se como uma verdadeira viajante e o seu perfil contém conteúdos que vão desde dicas de moda e alimentação a viagens, com um forte foco na sustentabilidade, inclusão e diversidade.
No Dia Internacional da Mulher, a apresentadora partilhou uma mensagem para celebrar a força, a coragem e a resiliência de todas as mulheres. EM demonstração de que, ainda que não seja humana, com este gesto, demonstra ser uma voz ativa em questões sociais importantes, como também estabelece uma ligação emocional com o seu público.
Este não é o primeiro caso a ganhar destaque na utilização de Inteligência Artificial na comunicação. No ano passado, a China resolveu apresentar uma jornalista criada com base na inteligência artificial em substituição do ser humano na apresentação do telejornal.
Designada Ren Xiaorong, a sua actuação aconteceu com a apresentação do telejornal “People ‘s Daily”, um jornal estatal chinês, onde fez saber que foi treinada com habilidades de “milhares de apresentadores, por 365 dias, e tem a capacidade de relatar notícias, 24 horas por dia, sem descanso.
Em Moçambique, a jornalista Selma Inocência, com o objetivo de apresentar ao público as últimas notícias que marcam o mundo lançou uma assistente virtual baseada em inteligência artificial designada SelmAI, numa junção das primeiras três letras do seu nome (Selm) e da sigla de Inteligência Artificial em inglês, AI.
A assistente apresentará notícias verificadas na língua portuguesa, na versão brasileira, com a intenção de também incluir características específicas do português angolano, moçambicano, cabo-verdiano, guineense e são-tomense.
Fonte Sic Notícias Denio Negrão
