Fidli: A fidelização digital que rendeu 1 bilhão em transações

Alexandre Coelho
Alexandre Coelho, Director-Geral da marca

“Adicionando alegria à fidelização de clientes”, é assim que a Fidli se define, em consonância com o seu objectivo de ajudar os utilizadores na retenção de clientes e no aumento das vendas, através de uma solução simples e de baixo custo.

A plataforma conta com um marco de cerca de um bilhão de meticais processados, superando, inclusive, em termos de classificação, alguns bancos comerciais. Porém, antes deste sucesso, há uma história por contar, e quem a partilha é Alexandre Coelho, director-geral da marca.

Tudo começou há mais de seis anos, quando, juntamente com a sua equipa, identificou um gap (vazio) no mercado moçambicano na componente de fidelização de clientes, onde as empresas não investem nessa vertente e, com base nessa premissa, decide, junto da sua equipa,  implementar estratégias e soluções dedicadas à fidelização.

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“Identificámos que existia essa necessidade. E daí nasceu, como um spin-off, a Fidli, no fundo, um novo produto para a fidelização. Na prática, trata-se de uma plataforma híbrida, no sentido em que é digital, mas integra igualmente uma componente de hardware. Fornecemos um kit de fidelização aos negócios locais”,

explica Alexandre Coelho.

O kit é composto por cartões físicos personalizados, que a marca imprime e disponibiliza aos clientes, juntamente com um terminal POS, dispositivo através do qual é feita toda a gestão de leitura e escrita dos cartões.

Na prática, e conforme detalhado pelo seu criador, a empresa beneficia de um POS, pelo qual faz toda gestão e oferece aos seus clientes cartões. Sempre que este retorna ao estabelecimento e efetua uma compra, passa o cartão na máquina, introduz o valor ou os produtos adquiridos e atribui pontos que, mais tarde, podem ser trocados por ofertas específicas.

A plataforma oferece dois modelos: um baseado em pontos (o mais comum e utilizado pela maioria dos clientes) e outro baseado numa carteira recarregável, em que os cartões funcionam como cartões bancários, mas limitados a um circuito fechado. Neste modelo, o saldo não é de pontos, mas sim monetário, podendo ser utilizado no próprio negócio.

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O sistema integra igualmente uma componente de SMS, que permite, através da análise do comportamento dos clientes finais de cada negócio, o envio de mensagens para manter os consumidores envolvidos.

“Uma das principais lógicas é a recuperação de clientes. Quando um cliente não regressa há algum tempo, o sistema está preparado para o tentar trazer de volta.”

Quando a ausência de concorrência é um diferencial

Ter sido pioneira deu à Fidli a oportunidade de explorar e refinar o seu posicionamento e isto trouxe à marca chances de criar algo único e que, ainda que hoje existam novas soluções, mantenha-se mais atual e em vantagem. 

Outro ponto distintivo é o suporte técnico prestado desde o momento da assinatura do contrato, ajudando o cliente a desenhar o seu próprio programa de fidelização, a definir métricas e a construir uma lógica que potenciem melhores resultados.

Inovar numa área não explorada trouxe também desafios significativos. Lista-se a cultura dos empresários moçambicanos que para Alexandre não vêm, do ponto de vista financeiro, a fidelização de clientes como um custo que devem, eventualmente, ter, e do qual depois terão um retorno,o que implica educar o mercado em si. 

“Trata-se, no fundo, de um processo de educação do nosso mercado e dos nossos empresários para os benefícios do marketing de fidelização”, sublinha.

A Fidelização que rendeu 1.000.000.000 de Meticais processados

A Fidli posicionou-se numa classificação superior à de oito bancos em Moçambique, alcançando a marca de um bilião de meticais processados por ano, num total de cerca de 200 mil transacções, isto dentro de aproximadamente 25 mil cartões actualmente activos.

Para Alexandre, trata-se de uma validação clara do potencial do marketing de fidelização, e a expectativa é duplicar esses números dentro de seis meses, ampliando a oferta dos benefícios do marketing de fidelização. 

“Uma das lógicas fundamentais é que um cliente fidelizado regressa mais vezes ao mesmo estabelecimento. O ticket médio, ou seja, o valor médio de cada compra, sobre. Isto são métricas que vemos refletidas, em números reais, na nossa plataforma.”

De Maputo para o continente

Os números são encorajadores, mas, a marca quer mais!  Actualmente, a actuação concentra-se maioritariamente nas cidades de Maputo e Matola. O objectivo é expandir para todo o país e, posteriormente, alcançar outros mercados africanos.

“Este volume de transacções é um indício daquilo que poderá vir a ser, em termos de escala. O potencial da plataforma e os nossos planos futuros são vastos, e isso, por si só, é um óptimo indicador.”

Neste momento, a visão, de forma abrangente, é transformar a Fidli numa solução All-in-One de retalho, pensada para pequenas e médias empresas, abrangendo outras componentes como facturação e áreas ligadas à fintech (inovação financeira).

A marca encontra-se actualmente a trabalhar numa componente de Inteligência Artificial e prevê lançar dois novos módulos, que irão marcar o futuro da plataforma. Um desses módulos permitirá escalar o serviço e o produto a nível nacional, alcançando também um segmento muito mais vasto de pequenas e médias empresas.

Kabum Digital Revista
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