Flutterwave: a maior startup do continente africano 

Flutterwave

Já se perguntou qual é o maior unicórnio do continente africano? 

A palavra unicórnio, no mundo da inovação é usada para designar todas aquelas empresas em fase inicial que já obtiveram avaliação ao preço de mercado no valor de mais de 1 bilhão de dólares americanos, aliado ao significado original, que reforça o símbolo de força e pureza. 

A maior parte das histórias de sucesso no mundo da inovação,  centram-se nos continentes europeu e americano, onde o desenvolvimento e a disponibilidade de recursos essenciais permitem que as empresas arranquem rapidamente e atraiam o interesse dos financiadores e dos meios de comunicação, como também, pelo facto de se ter um elevado PIB (soma em valores monetários de todos os bens e serviços produzidos numa determinada região). 

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Quando se chega ao continente africano, pouco se diz e, na maioria das vezes, o foco é para os problemas sociais que assolam o continente, caso de golpes de estados, fome e até o próprio fracasso que muito tem marcado quem tenta inovar localmente. Mas, e se disséssemos que há casos de sucesso e que já obtiveram avaliações de 1 bilhão, acreditaria?

Com certeza que sim, pois muitos destes casos já desfilaram a classe aqui na Kabum e noutros canais, como é o caso da maior startup do continente.

A maior startup de África chama-se Flutterwave, está sediada na Nigéria, foi criada em 2017 pelos empreendedores nigerianos Olugbenga Agboola e Iyinoluwa Aboyeji com vista facilitar as transações de pagamentos internacionais de pequenas a grandes empresas na África. 

A solução iniciou-se com o desenvolvimento de uma API para executar pagamentos para empresas que operam no continente africano, à semelhança da Stripe, que é actualmente uma das startup mais valiosas do mundo.

Uma API é uma interface de comunicação que um sistema oferece para que outros acessem suas funções, dados e recursos sem que o software ou plataforma externa precise saber como estes foram implementados.

De acordo com os fundadores, que contam com experiência com a Google e o PayPal, o plano principal era capitalizar o facto de as frequências da Internet na região estarem a aumentar, o que significava abertura de oportunidades de receitas se a empresa surgisse como a plataforma de pagamento de referência para todas as empresas que procuram explorar a digitalização da região.

“Na Flutterwave, a nossa dedicação à inovação é igualada apenas pelo nosso compromisso de simplificar os processos financeiros para possibilidades infinitas.”

Olugbenga Agboola

A Flutterwave começou a sua actuação como participante do programa americano de aceleração Y Combinator, onde teve a oportunidade de aperfeiçoar a sua oferta e começar a fechar negócios com a sua rede inicial de clientes. 

No início das actividades, a empresa tinha como principal público-alvo as instituições estabelecidas, uma vez que este podiam precisar de um complemento que lhes permitisse gerir mais pagamentos e transacções e ter uma presença online mais forte. 

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A empresa começou a colaborar com grandes bancos e empresas de renome em África, e é este apontado como um dos passos chaves para que a startup fosse validada no mercado. 

Após a apostas em marcas já estabelecidas, a fintech começou a considerar o número crescente de Pequenas e Médias Empresas do continente africano que buscava por presença online e disponibilizou ferramentas à sua disposição. A actividade aconteceu após a sua conseguida reputação e angariado financiamento para manter-se sustentável.  

Uma dos momentos que colocou a Flutterwave na rota de uma das inovações de renome ao nível da África foi a pandemia do Covid-19, que colocou várias dificuldades a várias empresas nas suas actividades,  a Flutterwave viu aqui uma fórmula para facilitar a integração das suas soluções nas plataformas destas organizações, a startup começou por personalizar a sua primeira solução. De seguida, decidiu criar o Flutterwave Market, uma ferramenta que permite às PMEs criar facilmente lojas online.

Como está a Flutterwave em 2023?

Neste ano, a startup continua em alta. Ainda no início do ano, como forma de potencializar os seus serviços de pagamento, juntou-se a Microsoft, tem-se como objectivo desenvolver uma nova geração de soluções de pagamento e melhorar a infraestrutura de pagamentos não só em todo o continente africano, mas também marcar presença noutras regiões.

Ainda neste mês (Setembro) a empresa anunciou, em parceria com o Wema Bank e o Kadavra BDC, o lançamento do Swap uma solução apoiada pelo Banco Central da Nigéria (CBN) para servir como plataforma digital segura e fiável para os nigerianos terem acesso imediato a moeda estrangeira a taxas de câmbio competitivas.

Para o fundador, Olugbenga Agboola, a Swap representa um salto significativo na forma como os nigerianos se envolverão com o câmbio de moeda estrangeira. A empresa percebeu os desafios no acesso a serviços ou moeda estrangeira e o “Swap é a nossa resposta a esses pontos problemáticos, fornecendo uma plataforma perfeita e eficiente para o câmbio de moeda”.

Um outro passo significativo, foi a expansão dos seus serviços de pagamentos para a Índia, depois de garantir uma parceria com o IndusInd Bank, instituição financeira líder no país asiático.

Fonte Sapo  IBS Intelligence Bloomberg

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