O país africano Gana anunciou o estabelecimento de um centro de tecnologia e inovação, com o objectivo de acelerar a transformação digital e posicionar-se como líder regional em inteligência artificial (IA) e tecnologias emergentes.
O projecto resulta de um Memorando de Entendimento, no valor de cerca de 1 bilião de dólares, celebrado com os Emirados Árabes Unidos, numa aposta estratégica no posicionamento do país como hub tecnológico de excelência e na aceleração da adopção de soluções digitais no continente.
O acordo foi assinado entre o Ministro da Comunicação, Tecnologia Digital e Inovação, Samuel Nartey George, e o Presidente da Corporação dos Portos, Alfândegas e Zonas Francas (PCFC) dos Emirados Árabes Unidos, Sultão Ahmed Bin Sulayem.
Para o Ministro, a iniciativa visa consolidar a posição do país como líder continental em transformação digital e avanço tecnológico, reflectindo a visão de não apenas diversificar a economia, mas também garantir que a inovação se torne o principal motor de um desenvolvimento inclusivo e sustentável.
“Este centro criará um espaço onde o investimento encontra a engenhosidade, onde a criatividade dos jovens de Gana se une à oportunidade de experimentar, e onde tecnologias avançadas são desenvolvidas, implementadas e exportadas”, afirmou.
Segundo Samuel George, trata-se de construir uma nação onde as mentes mais brilhantes deixem de procurar oportunidades além-fronteiras, passando a reconhecê-las no seu próprio espaço.
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A infra-estrutura será inteiramente financiada pela PCFC, em parceria com empresas líderes em inteligência artificial envolvidas na estratégia de transformação digital do Dubai, com o governo Ganês a comprometer-se a disponibilizar o espaço para a implementação do projecto.
Com esta iniciativa, o país ambiciona atrair a instalação de mais de 11 mil empresas globais do sector tecnológico, incluindo marcas de renome como a Microsoft, Meta, Oracle, IBM e Alphabet, que deverão utilizar o centro como base para expandirem as suas operações em Gana e noutras regiões do continente africano.
As empresas que operarão irão concentrar-se em áreas como engenharia de inteligência artificial, business process outsourcing (BPO), knowledge process outsourcing (KPO) e recolha de dados para o treino de sistemas de aprendizagem automática com foco em África.
Fonte Business Insider