Google e o cemitério de projectos fracassados

O sucesso da Google é indiscutível, tanto que ela é uma das Bigtechs (Grandes empresas de tecnologia), mas isso não significa que ela não falha, tanto falha que conta com um, se não o maior, cemitério de projectos fracassados.

Há um total de 167 projectos no cemitério do Google. Alguns desses custaram dezenas de milhões de dólares e acabaram sendo encerrados.

O site The Google Cemetery (O Cemitério do Google, em tradução livre) lista todos estes produtos, tempo eles funcionam e até explica o motivo do fim da vida de cada um dos 44 serviços que não existem mais. Aqui, apresentamos alguns desses projectos.

Baoba Hub_GIF

Google Class

Anunciado em 2012, o aparelho acabou não fazendo o sucesso esperado. Além do alto preço, o Glass apresentou problemas de privacidade potenciais, problemas de software e algumas reclamações a respeito de seu design. Em 2015, a empresa anunciou o encerramento das vendas ao consumidor.

Google Buzz

O Google Buzz (2010~2011) foi uma rede social que depois do seu curto tempo de vida, deu lugar ao Google+. Ele permitia compartilhar links, atualizar status e desenvolver diálogos em um campo de comentários meio que no estilo do Twitter — tudo isso dentro da interface do Gmail. 

Google Video

Datado entre 2005 e 2012, basicamente, foi uma ramificação do motor de buscas que permitia encontrar qualquer vídeo que existisse na internet, também permitia o upload de vídeos através do mesmo, posicionando-se como uma plataforma de streaming.

O seu cancelamento deu espaço ao YouTube, hoje um dos maiores produtos do Google.

Google Reader

Google Reader foi uma das ferramentas mais bem sucedidas que o Google já aposentou. Isto em 2010, dez anos depois da fundação.

Sua função era ser um agregador de feeds RSS/Atom operado pelo Google. Popularizou-se pelo apoio a uma série de aplicativos que o utilizavam como uma plataforma de notícias e informações para seus utilizadores. É citado o declínio de utilizadores activos como motivo do seu fracasso.

Picasa

O Picasa, não foi fundado pela empresa, mas se juntou ao ecossistema dela em julho de 2004. Basicamente, foi um programa para desktop que permitia gerenciar e editar fotos.

Sua queda aconteceu devido ao foco da companhia no Google Fotos, o actual produto da para gerenciar fotos, backups e fazer edições (inclusive, em vídeos). 

Google Wave

Apache Wave, que durou 4 anos, é uma estrutura de software em tempo real e edição colaborativa online. Aceitava textos formatados, fotos, vídeos, mapas e muito mais. Mesclava características de meios variados como e-mail, mensagens instantâneas, wikis e redes sociais.

Google Talk

O Google Talk teve apenas 9 anos de vida (2005~2013). Foi um serviço de mensagens instantâneas que fornecia comunicação de texto e de voz, e-mail e compartilhamento de arquivos.

A sua criação serviu para concorrer com o MSN da Microsoft, no entanto nunca se equiparou.

Google Notebook 

Lançada em 2006 e descontinuada em 2011, permitia aos utilizadores guardar e organizar blocos de informação durante a realização de pesquisas on-line.

A ferramenta estava fixada no navegador e permitia ao usuário escrever notas, textos, salvar imagens e salvar links de páginas durante uma sessão de pesquisa. A informação era salva em um “notebook” on-line com recursos de compartilhamento e colaboração.

Google Answers

De 2002 até 2006, a iniciativa permitia que o útilizador pudesse fazer uma pergunta pagando entre 2 a 200 dólares. No caso de quem questionou gostar da resposta obtida, podia enviar gorjetas de até 100 dólares para quem ajudou. A iniciativa não vingou, por conta da concorrência “desleal” do Yahoo Respostas, onde as soluções eram obtidas gratuitamente.

iGoogle

O iGoogle, uma página inicial personalizada, foi encerrada em 2013, 8 anos depois de seu lançamento. Ele permitia aos usuários personalizar a página inicial com widgets. O Google percebeu que a ferramenta não era mais necessária, já que os apps poderiam rodar no Chrome e no Android.

Um ponto muito crucial que a marca mais inovadora ensina é que não há garantia de sucesso, independentemente de fundos, equipe de primeira linha e acesso ao mercado. 

Fonte: Oficinadanet, Canaltech, Olhardigital

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