A Apple tem aumentado significativamente as suas exportações de iPhones da Índia, com mais de 2,5 bilhões de dólares exportados entre abril e dezembro de 2022, quase o dobro do total de 2021.
A Foxconn Technology Group e a Wistron enviaram cada uma, mais de 1 bilhão de dólares em dispositivos de destaque da Apple para o exterior nos primeiros nove meses do ano fiscal que termina em Março de 2023. A Pegatron, outra grande fabricante contratada da Apple, está a caminho de movimentar cerca de US$ 500 milhões em aparelhos para o exterior até o final de Janeiro.
Os números de exportação em rápido crescimento da Apple ilustram como está aumentando as operações fora da China, onde o caos na principal fábrica da Foxconn em Zhengzhou expôs vulnerabilidades na cadeia de suprimentos da empresa com sede em Cupertino e a forçou a reduzir as estimativas de produção. Isso agravou um problema mais amplo com a evaporação da demanda por electrónicos, à medida que os consumidores avaliam os riscos de uma recessão global.
A Apple, começou a montar seus últimos modelos de iPhone na Índia apenas no ano passado, uma quebra significativa de sua prática de reservar grande parte disso para fábricas chinesas gigantes administradas por suas principais montadoras taiwanesas, incluindo a Foxconn.
Embora a Índia represente apenas uma fracção da produção do iPhone, o aumento das exportações é um bom presságio para o plano do primeiro-ministro Narendra Modi de tornar o país uma alternativa à China como fábrica para o mundo.
As políticas “Covid Zero” da China e um episódio de violência na fábrica de Zhengzhou – apelidada de iPhone City como o maior centro de produção mundial do dispositivo expuseram os perigos de depender do país. Embora Pequim tenha abandonado essa abordagem para conter o vírus, a Apple e outros nomes globais estão explorando locais alternativos mais do que nunca.
A vasta força de trabalho da Índia, o apoio de Modi e um mercado local próspero o tornam um candidato privilegiado para assumir mais fabricação de electrónicos. A Foxconn, maior fornecedora da Apple, começou a construir instalações no país há mais de cinco anos, antecipando a necessidade de ampliar seu alcance geográfico.
Um argumento de venda recente é uma série de novos incentivos do governo, uma pedra angular do esforço de Modi para tornar a Índia um centro de fabricação de electrónicos. A Foxconn ganhou 44 milhões de dólares em benefícios no primeiro ano do chamado esquema de incentivos vinculados à produção, enquanto as reivindicações da Wistron estão sendo processadas, disseram as pessoas.
Actualmente, os fabricantes contratados da Apple fabricam iPhones em fábricas no sul da Índia. Mas a produção no país está apenas começando. Cerca de três milhões dos dispositivos foram fabricados na Índia em 2021, em comparação com 230 milhões na China, segundo estimativas da Bloomberg Intelligence.
A Foxconn começou a fabricar o iPhone 14 na Índia há alguns meses – mais cedo do que o previsto – após um lançamento de produção surpreendentemente tranquilo que reduziu o intervalo entre a produção chinesa e indiana de meses para meras semanas. Os três parceiros taiwaneses da Apple actualmente montam iPhones 11 a 14 na Índia.
A Índia rastreia a produção e as exportações de todos os fabricantes de smartphones que desfrutam de incentivos financeiros como parte do impulso de Modi.
Além dos smartphones, o país está traçando planos para aumentar os incentivos financeiros para os fabricantes de tablets e laptops, na esperança de atrair a Apple para fazer de tudo, de fones de ouvido a MacBooks localmente, além de atrair outras marcas. A fabricante do iPhone também deve abrir sua primeira loja de varejo na Índia em 2023, depois de atender a certos critérios impostos aos varejistas estrangeiros.
Fonte: TechCentral
