Inventor do telemóvel apela para que a humanidade afaste-se das telas

Cooper

Martin Cooper, engenheiro norte-americano e considerado o “pai” do celular, alertou para cuidados com a obsessão actual da população com as telas. 

Para o inventor, os dispositivos são revestidos de um potencial que é quase ilimitado, mas que, mesmo assim, a humanidade deve deixar um pouco de lado, antes que se vicie mais do que devia. 

O facto deu-se numa entrevista concedida à AFP (agência de notícias francesa) na qual revelou que fica arrasado ao ver as pessoas com os olhares vidrados nos aparelhos celulares, quando, por exemplo, atravessam a rua. “O celular agora tornou-se uma extensão da pessoa”, comentou.

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O tempo de utilização excessivo dos ecrãs tem sido associado a vários problemas, com destaque para a influência da depressão em jovens. Um estudo de 2022 concluiu que a utilização excessiva das redes sociais pode contribuir para este problema. 

De acordo com Martin Cooper,  um dia, os telefones serão dispositivos integrados na nossa pele, em vez das placas rectangulares pretas a que nos habituamos.

“A próxima geração terá o telefone incorporado sob a pele das suas orelhas”, disse Martin Cooper, à CNBC numa entrevista no Mobile World Congress em Barcelona. 

Segundo Marty, quem se atribui a invenção do primeiro telefone em 1973, os dispositivos não precisarão de ser carregados, uma vez que o corpo é o carregador perfeito e quando se ingere alimentos, este cria energia.

Segundo Cooper, o smartphone tornou-se hoje demasiado complexo, com inúmeras aplicações e um ecrã que não se adapta e olha para o mercado numa situação de  estagnação e há a sensação de que os fabricantes estão a ter dificuldades em criar novos designs inovadores.

Ainda relata que os telemóveis hoje em dia resultaram numa série de problemas, desde a dependência das redes sociais à violação da privacidade, reconhecendo assim os males da criação.

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“A privacidade é um problema muito sério, a dependência é um problema”, disse Cooper. 

Falando sobre integração ou possível substituição do telemóvel, recentemente, a startup de nome Humane apresentou neste ano o AI Pin, um dispositivo que promete substituir o uso do telemóvel. 

O dispositivo desenvolvido pela startup prende ao corpo, através do seu ajuste numa peça de roupa  e regista dados através da sua própria câmara. O seu funcionamento acontece através de um chip Qualcomm e utiliza Inteligência Artificial. 

Para os fundadores, que são ex-funcionários da Apple, a solução é a personificação da visão de integrar a Inteligência Artificial no quotidiano, melhorando as capacidades sem ofuscar a  humanidade. 

Martin Cooper é apelidado o “Pai do Celular”, por este ter liderado uma equipe da Motorola para produzir a primeira tecnologia verdadeiramente móvel. Martin teria se inspirado em Star Trek para desenvolver o aparelho.

Antes da chegada desse produto, a comunicação por ligação era feita por telefones fixados na parede. O primeiro dispositivo pesava um quilo, com as dimensões de 25 cm de comprimento e 7 de largura, e sua bateria era capaz de durar apenas meia hora.

Cooper foi premiado com um prémio de realização vitalício no MWC por ter feito a primeira chamada telefónica há 50 anos, utilizando o Motorola DynaTAC 8000X.

Fonte Capitalist CNBC

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