Investimento em tecnologia é quase “zero” em Moçambique

Tecnologia

De acordo com os dados da FSD Moç, plataforma dedicada à inclusão financeira e em tecnologia, o investimento em tecnologia está quase no nível zero em Moçambique.

As declarações foram apresentadas pela Diretora Executiva da FSB Moç, Esselina Macome, que explicou que o investimento em tecnologias de informação em Moçambique está praticamente ausente quando se trata de atrair investidores para a Bolsa de Valores de Moçambique. 

FSDMoç é uma plataforma de inclusão financeira que tem por objectivo tornar fácil o desenvolvimento do sector financeiro com foco na expansão dos níveis de inclusão e uso das novas tecnologias.

A empresa direciona investimentos e percepções para resolver os constrangimentos do mercado financeiro, ajudando na diversificação da economia de Moçambique e trazendo prosperidade e resiliência económica ao povo moçambicano.

O investimento em tecnologia compreende a colocação dos recursos financeiros em produtos tecnológicos, softwares, hardwares e em ferramentas de Tecnologia de Informação.

Como exemplo de países que têm colocado a tecnologia na dianteira, Esselina Macome referiu Uganda e Nigéria, pelo uso por parte das empresas das tecnologias da informação e a sua evolução para atrair investidores. Já no caso de Moçambique, o que se observa é que há poucas empresas que encontram na tecnologia um aliado para o desenvolvimento local.  

Ainda na mesma linha de pensamento, Esselina Macome enfatizou que a tecnologia pode ser benéfica tanto para as empresas locais quanto para atrair investimentos estrangeiros. Segundo afirmou, “em relação às tecnologias de informação em Moçambique, o investimento é quase zero, mas estamos trabalhando para tornar nossas empresas mais atraentes”.

Uma das suas importâncias é que permite o desenvolvimento rápido e, além do mais, é importante porque ajuda a lidar com mudanças e instabilidades de forma rápida, aliado a criatividade e alternativas que mantém o país mais competitivo.

Dados idênticos, foram apresentados na 6ª Edição do Absa Africa Financial Markets Index, onde o país está na classificação de um dos piores países para investir em tecnologia, entre os motivos desta problemática estão os altos impostos que tem vindo a prejudicar o desenvolvimento do país e falta de infra-estruturas.

A Diretora da Banca Corporativa e de Investimentos do Absa Bank Moçambique, Patrícia Darsam, acredita que a recente reforma fiscal anunciada pelo Governo, como parte das medidas de aceleração econômica, pode impulsionar o desenvolvimento econômico de forma mais ampla.

Darsam ressaltou que os investidores estão interessados principalmente no imposto sobre o rendimento gerado, seja o investimento nacional ou estrangeiro. Ela destacou que a reforma fiscal deve ser projetada para promover o desenvolvimento da economia como um todo, não se limitando apenas ao setor financeiro e ao mercado de capitais.

No centro da sua estratégia para mudar o atual cenário, a FSDMoç tem vindo a apostar na capacitação em mulheres, jovens e na população rural de baixa renda, bem como pequenas empresas que não têm acesso a serviços financeiros adequados e acessíveis.

A busca centra-se pelo apoio aos principais interessados ​​em inovar e expandir serviços financeiros, usando conhecimento técnico e financiamento direcionado para aumentar sua capacidade e as pessoas que atendem.

Fonte Menos Fios

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