Um hospital na Itália está utilizando óculos de Realidade Virtual para acalmar crianças durante as consultas, com o intuito de tornar esse momento mais leve. Trata-se do Hospital do Coração de Massa e Carrara, na Toscana, região central da Itália.
Com esta iniciativa, a proposta é que as crianças possam utilizar um óculos 3D para se distraírem vendo belas paisagens e desenhos animados enquanto o médico examina são tratados alguns ferimentos.
Através de um cursor que carregam na mão, guiado pela equipe do hospital, os pacientes, neste caso crianças, podem, com os visualizadores 3D ligados, mudar o que estão a ver ou selecionar seu desenho animado favorito e escolher um personagem ou super-herói para brincar.
A ferramenta é vista como útil uma vez que permite que as crianças se distraiam da dor, superem a ansiedade e assim tornem o trabalho dos profissionais da saúde mais fácil e rápido. Quando saem da dimensão virtual e regressam à realidade encontram o cuidado dos seus familiares e médicos e enfermeiras.
O projecto é realizado pela Fundação Monastério, cujos técnicos instalaram os aparelhos, carregaram vídeos e imagens e treinaram todos os funcionários na sua utilização. Os óculos 3D também podem ser usados por adultos, pacientes ou familiares de crianças hospitalizadas.
“A possibilidade de mergulhar no jogo ou em ambientes relaxantes através do espectador e realizar breves treinos de relaxamento guiados favorece a diminuição da activação psicofisiológica e, portanto, a diminuição do estresse, uma melhoria na qualidade do sono e uma redução da ansiedade e da percepção da dor nas diferentes fases do percurso pré-operatório ou da experiência hospitalar”,
explicou Marco Marotta, psicólogo do Monastério.
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Não é este o primeiro caso da aplicação da Realidade Virtual a favor de uma causa social. Na Nigéria, Kunle Adewale, empreendedor social decidiu apostar na realidade virtual para melhorar o humor dos pacientes como forma de promover sua cura.
A acção acontece através da sua startup Tender Arts Nigéria que é uma empresa social que busca ter um impacto positivo em crianças, jovens e adultos, com foco em artes terapêuticas, educação artística, desenvolvimento de talentos, desenvolvimento comunitário e engajamento cívico.
Conta com vários prêmios e reconhecimentos por seu impacto no campo das artes na saúde. Já alcançou mais de 15.000 beneficiários por meio de seus programas na Nigéria, Gana, Quênia, África do Sul e Estados Unidos.
Em Quénia, a startup Ukwenza VR utiliza esta tecnologia para melhorar a compreensão dos estudantes sobre os desafios ambientais, como a poluição do plástico e as alterações climáticas.
A actividade acontece alinhada com o fraco uso da tecnologia na maioria dos países africanos por esta ser dispendiosa.
Fonte Época Negócios
