A Inteligência Artificial tem sido o aliado das novas inovações em tecnologia. É aliada a esta ferramenta que a jovem Andréa Valéria está a promover a inclusão digital com a criação de um dispositivo que traduz texto para Braille instantaneamente, usando inteligência artificial.
O dispositivo foi lançado através da sua startup BrA.I, que nasceu da percepção de que o acesso à informação continua a ser, por um lado, um grande desafio para pessoas com deficiência visual e, por outro, no seu país (Madagascar).
Inovações idênticas a esta já existem, porém, costumam ser muito caras para a realidade de vários africanos.
“O nosso objectivo é tornar estas tecnologias acessíveis e de baixo custo, permitindo assim que um maior número de pessoas com deficiência visual acedam a informações e ganhem independência”, explica, citada pelo We are Tech.
Com a ferramenta, Andréa espera que, dentro de cinco anos, esta seja uma ferramenta indispensável no dia-a-dia dos utilizadores, com a ambição de que cada instituição tenha pelo menos uma cópia do dispositivo.
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“Queremos que o BrA.I se torne um objecto pessoal, usado por cada utilizador sob demanda, da mesma forma que um telefone móvel. O nosso objectivo é a adopção em larga escala, com o nosso dispositivo presente em todas as casas, proporcionando uma solução prática e acessível para o dia-a-dia, com presença a nível nacional e internacional”, disse.
A génese deste projecto resulta da participação da Andréa na OSC 2023, juntamente com a sua equipa, onde conquistaram o primeiro lugar, o que marcaria o início de uma aventura empreendedora exigente, mas gratificante.
Para a jovem empreendedora, foi um ponto de viragem, onde tiveram que decidir sobre o futuro do projecto.
Vendo o potencial do BrA.I e a expectativa do público em relação à sua implementação, tomaram a decisão de continuar a aventura e tornar essa ideia uma realidade.
Enquanto uns seguiram o caminho, outros preferiram deixar o projecto por motivos pessoais ou profissionais, forçando Andréa Valéria a assumir uma função de liderança estratégica e operacional.
Graças à incubação recebida e ao apoio de mentores como Rudy Deal, Director de TI e Serviços Digitais do VIVETIC Group, conseguiu superar esses desafios.
Outro ponto de viragem foi a participação na edição de 2024 do Prémio Orange de Empreendedor Social em África e no Médio Oriente, onde o BrA.I conquistou o segundo lugar e o prémio feminino.
O prémio significou a confirmação de que o projecto atendia a uma necessidade real e que era hora de estruturar a BrA.I como uma startup de pleno direito.
Fonte We Are Tech