Jumanne Mtambalike, CEO da Sahara Ventures, pretende transformar o seu país, Tanzânia, num ecossistema estável de inovação, tecnologia e empreendedorismo, com a construção do Silicon Dar es Salaam.
Com 35 anos de idade, é o CEO e co-fundador da Sahara Ventures, uma empresa fundada em 2016 para construir um ecossistema estável de inovação, tecnologia e empreendedorismo na Tanzânia e na África através de consultoria e investimento.
Uma das tarefas na lista de Mtambalike é a criação do primeiro distrito tecnológico ao longo da Nova Rodovia de Bagamoyo, no centro comercial da Tanzânia, Dar es Salaam.
“A Sahara Ventures e seus parceiros decidiram pegar essa ideia de fazer o Silicon Dar es Salaam e agora estão planejando entrar em contacto com o governo para ver se podemos promover esse distrito tecnológico”, disse o engenheiro de software à Xinhua.
A infraestrutura tecnológica ao longo da Nova Rodovia de Bagamoyo a torna o candidato certo para se tornar o distrito tecnológico da Tanzânia, uma vez que o governo já colocou em prática investimentos ao longo da rodovia que são adequados para torná-la um distrito tecnológico pleno, incluindo a sede da Comissão Tanzaniana de Ciência e Tecnologia (COSTECH), o Fundo de Acesso ao Serviço de Comunicação Universal (UCSAF), a Tanzânia Telecommunications Corporation e o College of Information and Communication Technologies (CoICT) da Universidade de Dar es Salaam.
“Também estamos vendo hubs de inovação e hubs de dados se mudando ao longo da rodovia”.
Para Mtambalike, um espaço tecnológico tem muitos benefícios, incluindo a criação de oportunidades de emprego para jovens e ao mesmo tempo empurrando o país para uma economia digital.
“Um espaço tecnológico também é uma plataforma onde algumas inovações podem surgir para resolver alguns dos desafios enfrentados pelo nosso país hoje, na saúde, na educação e na agricultura”, disse.
Em maio de 2016, visitou a China por duas semanas num evento sem fins lucrativos sediado em Yunqi Cloud Town, Hangzhou, China, que visa reunir a juventude mundial em ciência e tecnologia.
“Minha visita à China foi uma revelação. Eu aprendi como o país está se saindo na promoção de distritos tecnológicos”, disse o engenheiro de software que se formou na Universidade de Bangalore, na Índia, em 2011.
Para Mtambalike China lidera o mundo quando se olha para o número de novas inovações e novas tecnologias e pretende fazer o mesmo com Tanzânia.
“Agora, a Sahara Ventures iniciou uma campanha chamada escolas de startups onde incentivamos os estudantes universitários a começarem suas próprias startups”, disse, acrescentando que o programa está sendo implementado no CoICT, na Nelson Mandela African Institution of Science and Technology na cidade norte de Arusha e na Universidade de Iringa.
“Nosso objectivo é criar o maior número possível de empresas fundadoras de startups para abordar o problema do desemprego no país, porque acreditamos que, se podemos criar criadores de empregos em vez de procuradores de emprego, podemos ter um impacto massivo no país”, disse Mtambalike.
“A Sahara Ventures acredita que a melhor maneira de resolver o problema é construir um negócio sustentável em torno dele”, revela Mtambalike.
Fonte: English News