Kamba é uma rede social angolana que tem como objectivo principal conectar os angolanos, sejam eles de qualquer região do país, através de mensagens, vídeos, fotos e outros conteúdos compartilhados.
A plataforma foi criada há dois anos pelo jovem empreendedor Euclides Dala, de 27 anos, natural e residente da província de Cuanza Norte.
A rede social foi criada pensando numa maior socialização digital para o contexto angolano, os “kambas” (que significa na tradução ao português companheiros, amigos), pela verificação da decadência da mesma conectividade dentro dos Kambas.
Apesar do foco ser para a comunidade angolana, a plataforma está aberta a pessoas de quaisquer partes do mundo, os fundadores pretendem fazer dela uma plataforma social de alcance e uso mundial tal como o Facebook.
“Inicialmente, queríamos apenas alguma ferramenta que nos permitisse ter conversas privadas e controladas somente pelo nosso servidor local, e funcionou perfeitamente. Com o decorrer do tempo foram surgindo novas ideias, como a de acrescentar ferramentas mais interactivas e abri-la para um maior número de pessoas. Foi daí que começamos a pensar em criar realmente uma plataforma que tivesse a representação cultural da angolanidade, desde as formas de falar naturalmente o português até às cores que valorizam a africanidade”, revela o fundador para o Portal de T.I.
Outro aspecto importante da Kamba é que ela é uma rede social totalmente gratuita, o que permite que qualquer pessoa tenha acesso a ela, independentemente de possuir ou não um smartphone de última geração ou uma conexão de internet de alta velocidade.
De acordo com o CEO, mais do que a interação social entre os seus utilizadores, o Kamba dispõe também de ferramentas menos comuns entre as plataformas similares, tais como a possibilidade de publicar e comentar por áudios gravados no momento, bem com a possibilidade de monetizar publicações, comentários, partilhas e reacções.
“O nosso principal objectivo repousa na ideia de: deixar os serviços sociais mais próximos dos nossos utilizadores, fazendo com que questões ligadas à educação, saúde e artes sejam feitas e promovidas por meio da nossa plataforma, por isso ousamos dizer que até ao preciso momento os utilizadores só têm ainda usado 30% das ideias que estão na base do Kamba Dyami”.
Euclides Dala.
Com uma equipa composta por 8 membros directos, entre programadores, designers, tradutores de língua nacional kimbundu e técnicos, o projecto teve início em 2017, mas só em 2020 foi disponibilizado ao público para testes. O CEO do projecto sublinha que a rede social está apenas na sua fase inicial e que a equipa tem trabalhado “para torná-la mais original e diferenciada de qualquer outra, estamos abertos a parcerias e contributos”.
Fonte: Portal de T.I