Se está no LinkedIn, saiba que a plataforma está a utilizar os dados dos seus utilizadores para melhorar os produtos de IA generativa da rede social, contudo, ainda não actualizou os seus termos de serviço para reflectir esta acção.
A informação foi avançada pelo site 404Media, que informa que o LinkedIn introduziu uma nova configuração de privacidade e um formulário de exclusão antes de lançar uma política de privacidade actualizada, onde se menciona que os dados da plataforma estão a ser utilizados para treinar modelos de IA.
Segundo a rede social, o uso dos dados dos utilizadores insere-se no esforço de melhorar, desenvolver e personalizar os seus serviços, tornando-os mais relevantes e úteis para o público.
A plataforma afirmou que, quando os utilizadores iniciam sessão, são recolhidos dados relativos a pormenores como as suas mensagens e artigos, a frequência com que utilizam o LinkedIn, as preferências linguísticas e quaisquer comentários enviados à empresa.
O que significa treinar modelos de IA com os dados dos utilizadores?
Pense numa criança a aprender a falar. Para que isso aconteça, é necessário que ela tenha contacto com vários exemplos de palavras, frases, conversas e objectos. Com o tempo, aprende a associar as palavras aos seus significados e a utilizá-las para se comunicar.
Com os modelos de IA, o processo é semelhante, mas numa escala muito maior. Em vez de uma criança, temos um modelo de inteligência artificial. E em vez de livros e conversas, utilizam-se os dados que as pessoas geram nas redes sociais.
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Uma vez que não é remunerado por isso, pode negar a permissão através do separador Privacidade dos Dados, nas definições da sua conta, e clicar em “Dados para Melhoria da IA Generativa” para encontrar a opção e cancelar a permissão.
Desactivar a opção significa que o LinkedIn não utilizará os seus dados pessoais ou conteúdos na plataforma para treinar modelos no futuro, mas não afecta o trabalho anteriormente realizado.
“Optar por não participar significa que o LinkedIn e as suas filiais não utilizarão os seus dados pessoais ou conteúdos no LinkedIn para treinar modelos no futuro, mas não afecta a formação já realizada”, lê-se numa citação do site The Verge.
O uso de dados dos utilizadores por redes sociais para o treino de modelos de Inteligência Artificial tem vindo a ser um dos temas em destaque desde que a IA se tornou um dos tópicos centrais na área da tecnologia.
A Meta, empresa-mãe das redes sociais WhatsApp, Facebook e Instagram, revelou ter utilizado dados dos utilizadores das suas plataformas para o treino dos seus modelos de IA na Austrália.