O multi-premiado fotógrafo moçambicano Mário Macilau é vencedor do prémio James Barnor de fotografia de 10 mil euros ao ano 2023, distinção equivalente a mais de meio milhão de Meticais na troca actual.
Trata-se de uma iniciativa da Fundação James Barnor, lançada em 2022 com o foco anual de recompensar um fotógrafo africano em meados de carreira e centra-se todos os anos numa região diferente do continente.
James Barnor é nome do pioneiro da fotografia ganesa, James Barnor que tem na sua história a busca por colocar a sua obra ao serviço das novas gerações de fotógrafos africanos.
A busca por premiar fotógrafos é também uma demonstração da sua contínua presença e influência em muitos artistas contemporâneos e a garantia disso é a mesmo via um prémio anual dedicado aos fotógrafos africanos.
Acompanhado de um valor monetário de 10 000 euros, em nota, no site oficial, define-se como uma recompensa da fundação às “carreiras de fotógrafos consagrados e conduzi-los ao reconhecimento”, lê-se.
“Sou vencedor do prémio James barnor de 10. 000 euros”, assim escreveu o artista no Facebook em anúncio do prémio, o qual dedicou a todos que o tem suportado ao longo da sua caminhada que o faz como profissional na área da fotografia.
“Obrigada por me terem levantado, por me terem apoiado e por terem sempre aumentado a minha confiança. Sou o vencedor do Prémio James Barnor”.
Escreveu no seu Facebook, com acréscimo da dedicação ao seu grande amigo e irmão Thabiso Sekgala, já falecido.
A constituição deste prémio resulta após, em Abril, a Fundação ter convocado um painel de personalidades do mundo da fotografia e da arte contemporânea africana para nomear os candidatos à segunda edição do Prémio. Nomes como: Juliette Agnel, Lyle Ashton Harris, Christine Barthe, Armelle Dakouo, Laure De Becker, Kami Gahiga, Sana Ginwalla, Margaux Huille, Alicia Knock, Armelle Malvoisin, Owanto, Ozi Uduma e Rakeb Sile.
Ao lado do Mário Macilau, 17 artistas formaram a lista, tendo também em representação de Moçambique o Félix Mula.
Quando o assunto é fotografia é este um dos nomes de peso em Moçambique pela sua captura, considerada única na fotografia e pelos prémios até aqui alcançados.
Ainda neste ano, foi vencedor do prémio francês de fotografia Roger Pic 2023 Award, distinção que premeia anualmente trabalhos fotográficos, em memória de Roger Pic, um renomado Francês diretor de fotografia e defensor dos direitos autorais.
O alcance do prémio foi através do projecto de nome “Fé” que apresenta a prática do animismo (doutrina que considera a alma como o princípio determinante do funcionamento do organismo).
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O prémio conta com um valor monetário de 5.000 euros (350 mil meticais), e descreveu o moçambicano como uma das figuras que através do seu trabalho digitaliza a identidade, questões políticas e condições ambientais e que trabalha com grupos socialmente isolados para sensibilizar o público para várias injustiças e desigualdades sociais.
A Fundação James Barnor está sediada no Reino Unido e foi criada pelo fotógrafo ganês James Barnor em 2020. O seu objectivo é melhorar o acesso à educação e à formação artística, a preservação das culturas africanas, e pretende destacar os talentos culturais africanos.
Fonte Bantumen The Eye of Photography