Mdundo é o nome da plataforma africana de streaming musical que se tem colocado como o Spotify africano.
Com sede em Quénia, a plataforma foi criada em 2013 pelo empreendedor Martin Nielsen, e fornece acesso às músicas dos artistas do continente africano a mais de 20 milhões de utilizadores activos mensais de forma gratuita.
O objectivo da plataforma é ajudar a mudar a situação de falta de rentabilidade da indústria musical africana através de parcerias com empresas que actuam no continente.
A maior motivação para a criação da plataforma, foi após Martin ter visto o Spotify a revolucionar a indústria musical mundialmente, e assim, buscou criar uma alternativa para África, que na altura da sua criação, poucos eram os artistas africanos com acesso às plataformas globais do streaming.
Em entrevista à CNN, o fundador assume que Mdundo não é diferente do Spotify e a filosofia é a mesma.
“Acreditamos que se você criar um produto que seja interessante o suficiente para o utilizador , ele se afastará do fluxo ilegal e você poderá começar a ganhar muito mais dinheiro para a indústria musical e os proprietários dos direitos do que nunca.”
Contudo, acredita que a plataforma é a melhor para a música africana e que tem um modelo mais adequado ao continente. “Não pensamos que o produto que a Apple e o Spotify oferecem seja o produto certo para o mercado de massa em África. É por isso que estamos a fazê-lo de uma forma diferente”, diz ele.
A plataforma está presente em mais de 15 mercados africanos, incluindo Quénia, Tanzânia, Angola, Cabo-Verde, Nigéria, Gana, Zâmbia, Zimbábue, Moçambique, Ruanda, Camarões, RDC, Malaui, África do Sul e Namíbia.
Desde a sua existência, trabalha com mais de 60 mil artistas de todo o continente africano, bem como “algumas das principais gravadoras do mundo”.
No lugar de assinaturas mensais para o uso da plataforma, Mdundo, que significa “ritmo” em suaíli, está a dar mais ênfase ao seu modelo gratuito, em que os clientes podem descarregar música de 80.000 artistas sem nenhum pagamento.
Como forma de garantir a rentabilidade, conta com anúncios no site, que são apresentados de cinco a dez segundos para quem aceder à plataforma.
A rentabilidade é também feita em parceria com empresas como a Visa, a Coca-Cola e a Safaricom, e todo o dinheiro das vendas de música é dividido a 50/50 entre a plataforma e o artista.
A grande meta, traçada aproximadamente há 5 anos, é conseguir estabelecer a empresa como o serviço pan-africano líder de música para consumidores e músicos. Com este alcance, Mundo estabeleceria-se como o Spotify Africano, com alcance do mesmo feito do Spotify conquistou no Ocidente e da Tencent conquistou na Ásia.
Para este ano, Serviço de streaming de música com foco na África Devido a colaborações com provedores de serviços sem fio e o mercado africano de assinantes sem fio em rápida expansão, a Mdundo antecipa um aumento de 35% nos usuários activos mensais (MAUs) ao longo do próximo ano fiscal.
Mdundo afirmou na orientação em 22 de junho que antecipa 35 milhões de 2023-2024 da empresa. Em comparação com os 26 milhões de utilizadores do Mdundo reportados durante o actual ano, representaria um aumento de 9 milhões de utilizadores.
Caso a projeção torne-se realidade, significará que o serviço terá aumento dos seus utilizadores sete vezes desde que a marca tornou-se pública em 2020.
Fonte CNN