De acordo com o The Information, a Meta, empresa responsável pelo Instagram, pode tornar o Reels uma aplicação separada do Insta.
O objectivo do projecto é, por um lado, melhorar as recomendações para novos utilizadores e, por outro, optimizar a experiência dos já existentes nos E.U.A., apresentando mais vídeos de três minutos.
Até agora, contudo, a empresa não comentou esta possibilidade, que tornaria o Instagram mais semelhante ao TikTok. Actualmente, os utilizadores podem aceder ao Reels e a outros conteúdos, como fotografias e vídeos comuns.
Segundo o TechCrunch, muitos utilizadores consideram a aplicação desorganizada, pois exibe sobretudo vídeos e já não mantém a sua identidade como plataforma de partilha de fotografias. Consequentemente, alguns têm manifestado insatisfação.
Se a Meta tornar o Reels independente para vídeos curtos, o Instagram poderá, então, destacar melhor os seus outros recursos.
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No mês passado, a Meta lançou uma aplicação de edição de vídeo chamada Edits para concorrer com o CapCut, da ByteDance, empresa-mãe do TikTok. O objectivo é, além de competir, aproveitar a incerteza sobre o futuro do TikTok e da ByteDance nos E.U.A.
Além disso, o Instagram tem investido fortemente na promoção do Reels. No início do ano, passou a pagar aos criadores para divulgarem a plataforma noutras redes, como o TikTok, Snapchat e YouTube.
Instagram Reels e o problema do conteúdo sensível
Nos últimos dias, no entanto, utilizadores que activaram a filtragem de conteúdo reclamaram da exibição de vídeos sensíveis nos seus feeds.
Na quinta-feira, a Meta afirmou que o problema resultou de um erro, que já foi resolvido.
A empresa respondeu após uma onda de críticas sobre conteúdos violentos e impróprios no Reels. De facto, muitos utilizadores, apesar de activarem o “controlo de conteúdo sensível”, continuaram a ver esse tipo de material.
“Corrigimos um erro que fez com que alguns utilizadores recebessem conteúdos inadequados nos seus feeds do Instagram Reels”,
declarou um porta-voz da Meta.
Entretanto, as políticas de moderação da empresa foram alvo de críticas depois de a Meta ter encerrado, no mês passado, o seu programa de verificação de factos nos E.U.A., abrangendo o Facebook, Instagram e Threads.
De modo geral, as regras da Meta proíbem vídeos violentos e gráficos. Normalmente, a empresa remove esse tipo de conteúdo para proteger os utilizadores. No entanto, abre excepções para vídeos que denunciam abusos de direitos humanos e conflitos.
Fonte Techcrunch The Guardian