De Vilankulo para o mundo, Beccah Mapure é a nova moçambicana formada pelo Instituto de Tecnologias de Massachusetts (MIT na sigla inglesa) nos Estados Unidos da América (EUA).
MIT é uma das prestigiadas universidades privadas de pesquisa localizada em Cambridge, Massachusetts, nos EUA. A instituição é conhecida por sua forte ênfase em ciência, engenharia, tecnologia e matemática, e em programas como ciências sociais, humanidades e administração.
A informação foi partilhada pela jovem nas suas redes sociais, e mais que celebrar a conquista a sua missão é mostrar que do mesmo jeito que conseguiu, mais moçambicanos podem formar-se fora do país.
A primeira vez que Beccah entrou na MIT foi em 2013 num intercâmbio académico como estudante do segundo ano de Arquitectura e Planeamento Físico na UEM, após essa passagem, resolveu dedicar-se para uma futura aplicação na instituição.
Uma das grandes dificuldades que teve ao longo deste percurso, foi o domínio da língua inglesa, a qual a fez perceber a importância de assumir os defeitos e seguir em frente.
Em meio a essa dificuldade, a sua luta foi por interação e participação contínua com várias pessoas como forma de encontrar oportunidades de aperfeiçoamento das suas habilidades.
Leia também:
“Quando decidi candidatar-me a Fulbright, o Inglês aprendido em escolas públicas e ad-hoc foi de grande valia. Passei pela 1a selecção e pela entrevista, e fui apurada para o exame de proficiência”, aqui, Beccah percebeu perfeitamente as suas lacunas no inglês.
Neste processo à admissão ao MIT, teve que repetir o TOEFL 3 vezes em 5 meses até conseguir a nota mínima recomendada para aplicar para a instituição, onde foi admitida.
O TOEFL, acima supracitado, é um exame de proficiência da língua inglesa onde é comprovado se uma pessoa consegue se expressar no idioma, se o compreende em totalidade.
“Estudar completamente em Inglês pela primeira vez não seria fácil…”
Beccah Mapure
Com os desafios para passar no TOEFL, Beccah percebeu que pela primeira não lhe seria fácil estudar completamente em Inglês e, como forma de ultrapassar ou melhorar a sua situação, resolveu matricular-se no Instituto de Línguas antes de viajar aos EUA.
A partilha da história, pretende deixar ficar a mesma mensagem que deixou ficar ao fim da sua dissertação: vá, mesmo a kenhar (falhar) Inglês.
“Muitas vezes pensamos que oportunidades de pós-graduação no exterior são apenas para quem teve uma educação e domínio de Inglês obtido em escolas de elite. Não vou negar que recursos financeiros ajudam sim a preparar o caminho, mas o maior recurso é o esforço e a dedicação individual”, revela.
Da sua passagem pela MIT, Beccah assume que aprendeu e conseguiu deixar um pouco de Moçambique naquela que considera “melhor instituição de ensino superior do mundo” o que considerou uma grande conquista.