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Moçambique quer criar centro de segurança cibernética

Segurança Cibernética em Moçambique

Como forma de reduzir os crimes cibernéticos, Moçambique poderá contar futuramente com um estabelecimento ou centro de prevenção de ataques ou crimes cibernéticos. 

A informação foi partilhada por Eugênio Jeremias, Director da Segurança Cibernética e Proteção de Dados no Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação (INTIC) na última edição do Fórum de Governação de Internet em Moçambique. 

O Fórum de Governação de Internet em Moçambique é uma plataforma anual de debate inclusiva na área de governação da internet, onde é promovido a auscultação pública sobre as linhas orientadoras de gestão e desenvolvimento da internet em Moçambique. 

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O espaço estabelece a partilha de ideias em matérias de políticas e estratégias de governação digital e governação da internet em particular, baseados em princípios democráticos e universais. A última edição contou com a presença de Angola, Portugal e Ruanda.

Segundo Eugênio Jeremias, a criação de um centro de segurança cibernética leva em consideração que este tipo de crime ainda constitui um grande desafio para o país. Para tornar isto possível, o país tem como suporte Ruanda e Angola que partilham da mesma ambição.

Moçambique é um dos países que mais sofre ataques cibernéticos. Dados da empresa portuguesa de tecnologia Bravantic, apontam que o país sofre mensalmente cerca de 1,5 milhões de ataques cibernéticos.

Um dos pontos marcantes foi o ataque, em 2021,  de quase 30 sites do governo por um grupo de piratas informáticos com a designação hackers iemenitas.

Para além de uma organização que visa combater e reduzir os crimes informáticos, pretende-se também a criação de uma academia de segurança cibernética.

“Temos em manga a criação da academia de segurança cibernética. Temos uma série de formações programadas, já realizamos capacitações. Enquanto a academia não estiver disponível estamos a disponibilizar cursos online em coordenação com outra parceria internacional que é a direção de segurança cibernética de Portugal” 

Lê-se citado pelo site Menos Fios

Os cursos são vistos como um elemento crucial no fortalecimento da segurança cibernética, e em previsão, também está a criação do Conselho Nacional de Segurança que irá coordenar as acções estabelecidas na Política Nacional de Segurança Cibernética.

Em 2022, a instituição lançou quatro cursos online, designadamente Cidadão Ciberseguro, Cidadão Ciberinformado, Consumidor Ciberseguro e Cidadão Cibersocial, desenhados em colaboração com o Centro Nacional de Cibersegurança (CNSC) de Portugal, no âmbito das sinergias entre as duas instituições.

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O director de Segurança Cibernética e Proteção de dados no INTIC refere ainda que o cidadão pode desempenhar um papel importante na segurança cibernética do país, por isso, o Governo realizou uma série de workshop para sensibilizá-los sobre a segurança cibernética, uma vez que muitas crianças têm sofrido violência através das plataformas digitais.

Na sua intervenção no painel sobre questões de Segurança de Nomes de Domínio (DNS), Segurança Cibernética, Amos Kamugambire, representante da direção da segurança cibernética do Ruanda falou dos feitos do país presidido por Paul Kagame no combate aos crimes cibernéticos.

Kamugambire apontou que o Ruanda alcançou resultados animadores no combate aos crimes cibernéticos por envolver o sector privado, tendo igualmente feito campanha de sensibilização para os envolvidos nesta segurança pautem pelo sigilo profissional quando se trata de dados que podem comprometer a soberania do país.

Amos Kamugambire declarou, por outro lado, que o Ruanda tem diversas plataformas para repelir possíveis ataques cibernéticos, mas reconheceu que ainda tem um longo caminho para melhorar a questão da análise seca de dados com vista a melhorar ainda mais a segurança cibernética.

Já André Pedro, em representação da instituição que lida com o combate de crimes cibernéticos em Angola, referiu que o foco no combate contra crimes cibernéticos deve ser o homem, uma vez que os funcionários servem de ponta de entrada dos ataques cibernéticos.

Fonte Menos Fios

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