MozaBeatz: a nova proposta para a monetização de conteúdo local

Moza Beatz
Ângelo Cossa, fundador da Moza Beatz

Em Moçambique, obter ganhos através da produção de conteúdos continua a ser uma realidade distante para a maioria dos criadores. Entre a classe que se tem dedicado a esta arte, desde músicos a influencers, na ausência de parcerias pagas, são obrigados a distribuir, de forma gratuita, os seus conteúdos. 

Em busca de inverter esta situação, nasce a MozaBeatz, uma proposta ousada e local, que pretende colocar, finalmente, o criador moçambicano no centro da equação.

Trata-se de uma iniciativa que visa, de acordo com Ângelo Cossa, um dos fundadores, trazer uma nova realidade na valorização e monetização do conteúdo moçambicano, através da proposta de oferecer um espaço onde seja possível rentabilizar o trabalho de forma prática, acessível e flexível.

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“Temos, por exemplo, várias músicas de qualidade, mas, quando entramos no YouTube, o que nos é recomendado é conteúdo estrangeiro. Os nossos artistas não têm visibilidade e, consequentemente, não recebem qualquer monetização”, sublinha.

O objectivo é dar início à industrialização cultural em Moçambique, por meio de uma plataforma de streaming dedicada exclusivamente à música nacional, podcasts, vídeos e transmissões em directo (live streaming), posicionando-se não apenas como uma solução digital, mas como um verdadeiro estilo de vida.

“Queremos que cada moçambicano se identifique com esta plataforma. Através do marketing e da valorização cultural, procuramos criar mais do que um serviço de música: trata-se de um movimento cultural focado na sustentabilidade nacional.”

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Ainda em fase de testes, o plano de implementação prevê, numa primeira fase, o envolvimento directo de artistas; numa segunda, o das rádios; seguindo-se os podcasts e, por fim, as transmissões em directo. 

“Estamos agora a sair da fase beta e a entrar numa nova etapa, mais aberta, com foco em testar a aplicação junto de um público mais alargado, através de estratégias de marketing”, explica.

Dar vida à iniciativa trouxe consigo desafios, com destaque para o processo de legalização da startup, que, segundo Ângelo, foi moroso e burocrático, sem contar com a questão do desenvolvimento da plataforma com recursos próprios, o que implicou uma necessidade constante de aprendizagem ao longo destes quatro anos.

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