Mustapha Abubakar Gajibo é o nome do jovem nigeriano que é colocado como o primeiro a fabricar veículos eléctricos na Nigéria e em África e juntando-se à lista de pessoas proeminentes da história que criaram algo de significativo para mudar a sociedade e o mundo em geral.
“Aventurei-me na instalação de sistemas solares e, mais tarde, na construção de veículos eléctricos, no meio da minha paixão pela resolução de desafios sociais”.
Conta Gajibo ao portal Leadership
A sua paixão em resolver problemas vem desde a tenra idade (infância) onde já buscava, segundo conta a Leadership, resolver problemas da sua comunidade.
Com as suas capacidades de inovação no que toca às energias renováveis, o jovem Gajibo constrói carros eléctricos, triciclos e geradores e tudo isto com mão de obra local.
“Sempre gostei de ter ideias para resolver esses problemas, por isso cresci com essa paixão. Comecei por trabalhar numa empresa de energias renováveis que produzia sistemas solares para os sectores residencial e industrial.”
Aventurou-se no mundo dos veículos eléctricos movido pelos problemas que o mundo inteiro enfrentava, como o elevado custo dos produtos petrolíferos e pela alarmante era do aquecimento global, em grande parte provocado pelas emissões dos veículos a gasolina, que são perigosas para o ambiente.
O objectivo é que as suas invenções tornem uma realidade a redução dos custos na produção dos veículos e o custo dos transportes causado pelo elevado preço para aquisição do combustível, uma vez que as suas soluções não dependem de gasolina para funcionar.
“Olhando para todos estes problemas, decidi apresentar ideias de veículos eléctricos e também contribuir para a redução das emissões no nosso ambiente”.
Iniciou a actividade com a conversão de triciclos normais a gasolina em veículos totalmente eléctricos e depois passou a converter mini-autocarros em autocarros eléctricos.
Segundo o jovem empresário, com financiamento, acesso a matéria-prima e divisas, a empresa pode produzir 5.000 veículos eléctricos por ano.
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Entrevistado pelo portal Leadership em 2022, o jovem revelou que passou da conversão de veículos para a conceção e construção de veículos completos.
A sua empresa, constrói autocarros totalmente eléctricos com capacidade para 12 passageiros e que podem percorrer uma distância de 200 km por carregamento, são totalmente climatizados com a mais recente tecnologia, incluindo um sistema de comando por voz
“Tenho orgulho em dizer que estes veículos foram totalmente concebidos e construídos aqui na Nigéria, acrescentando que 60 a 70 por cento dos materiais utilizados na produção foram adquiridos localmente.
Com as suas inovações, sendo que começou a construir veículos eléctricos em 2017, o jovem já atraiu a atenção de muitos, entre os quais o governador do Estado de Borno, Babagana Umara Zulum, o que indica que está a acontecer algo de muito bom no Estado.
Impulsionado pela sua aspiração na carreira, Gajibo abandonou a Universidade de Maiduguri ao ser admitido para estudar Agricultura Geral em vez de Engenharia Eletrotécnica, sua maior paixão, o abandono é uma tentativa de realizar o seu destino.
O governador, Umara Zulum ofereceu cinco mini-autocarros e 20 milhões de euros em dinheiro ao jovem prodígio na conversão de autocarros com motores a gasolina em veículos eléctricos movidos a energia solar.
O apoio foi concedido ao Phoenix Renewable Energy Group, propriedade de Mustapha Gajibo. O jovem conta com uma oficina situada nas imediações do Pompomari Industrial Layout, em Maiduguri, onde junto dos seus trabalhadores adapta alguns veículos a combustível a veículos elétricos.
As inovações do Gajo são vistas como uma mensagem clara de que Borno, pode também ser vista como um espaço com jovens talentosos com capacidades de mudar o futuro globalmente.
Em termos de obtenção de apoio do governo, a empresa recebeu apoio especialmente através do Conselho de Design e Desenvolvimento Automóvel da Nigéria, que deu à Phoenix Renewable Energy o apoio técnico necessário.
Mas nem tudo é fácil, o facto de a inovação ser nova para as pessoas, inicialmente duvidaram da sua capacidade de executar o que tinha proposto. O primeiro desafio que enfrentou foi no início, quando sentiu que estava sozinho no desenvolvimento das soluções e ninguém compreende o que se está a fazer.
Outro desafio esteve conectado com a obtenção de matérias-primas por ser isto algo que não tem sido feito, uma vez que alguns materiais têm de ser adquiridos fora da Nigéria. O acesso ao financiamento não está fora da lista. Por exemplo, a construção de protótipos, a realização de provas de conceito e os projectos-piloto necessitam de financiamento.
Fonte Leadership
