Tornou-se pública nos últimos dias que passará a ser caro aceder à internet em Moçambique, porém, a autoridade reguladora das telecomunicações referiu que não haverá agravamento de preço para o uso de internet.
Trata-se de ajustes referentes aos limites mínimos de serviços de telecomunicações, concretamente para voz, dados (megas) e sms, enquadrado na resolução número 1 no Boletim da República de Moçambique (BR/CA/INCM/2024) de 19 de Fevereiro que actualiza as tarifas a serem praticadas pelas operadoras de telefonia móvel nacionais (Vodacom, Tmcel, Movitel).
O documento refere que o serviço de chamadas, o custo poderá variar entre 0,72 a 0,92 meticais por minuto, de dados (internet) a custar 0,71 meticais, o que torna Moçambique no quarto país com a internet mais cara em África.
“Não haverá nenhum agravamento das tarifas”
Após a informação tornar-se pública, o Instituto Nacional de Comunicações, veio a público, através do porta-voz, Massingue Apala, que tranquilizou o público referindo que haverá nenhum agravamento das tarifas dos serviços de comunicações em Moçambique.
Falando na noite do último domingo (10 de março), no TeleJornal da Televisão de Moçambique, Massingue revelou que a autoridade reguladora somente irá colocar alguns limites que as as empresas de telefonia móvel devem seguir.
“Na verdade, as tarifas não foram revistas em alta elas mantêm-se como estão. A tarifa actual do serviço de voz, por exemplo, custa seis meticais, e dados um metical então o que o regulador fez foi colocar balizas”,
acrescentou.
Com a resolução feita, o objectivo é que as operadoras deverão continuar dentro dos limites, pois, o INCM não quer que o serviço seja fornecido abaixo da tarifa mínima.
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Para Massingue Apala, a ideia da subida das tarifas pode estar associada à falta de informação dos custos actuais destes serviços da parte das operadoras de telefonia móvel, e assume que “as tarifas praticadas agora estão abaixo do custo de serviço”, aponta.
“Há percepção de que o preço subiu, o preço não subiu porque hoje em dia não sabemos, (por exemplo) quanto custa um megabyte, voz por minuto, estas tarifas estão todas nas páginas dos operadores e INCM, então as tarifas não subiram”,
disse.
A título de exemplo, a fonte fez saber que um minuto de voz custa 6,5 meticais, porém, as operadoras não praticam o preço por estarem focados na estratégia de retenção e atracção de clientes com a redução de tarifas.
Para o público, o porta-voz tranquilizou referindo que “o mercado é saudável, continuamos sem subir os preços, eles vão continuar os mesmos, o que vai acontecer daqui para frente é que os operadores vão desenvolver pacotes e esses pacotes são aprovados pelo INCM”.
Até 2023, Moçambique posicionava-se como um dos países com a internet mais acessível no continente africano, e ocupava a quinta posição ao nível da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Fonte AIM