O país mais populoso de África, a Nigéria, teve uma queda acentuada no número de assinantes de Internet. De 2023 a 2024, o número de utilizadores activos da Internet passou de 163,8 milhões para 139,2 milhões, segundo dados da Comissão Nigeriana de Comunicações (NCC).
A queda significa que cerca de 24 milhões de utilizadores de Internet perderam acesso ao serviço.
A comissão justifica que o declínio resulta da desactivação de cartões SIM que não estavam vinculados a Números de Identificação Nacional (NINs) verificáveis e à “rectificação de uma grande discrepância por uma operadora de rede móvel”.
As conexões telefónicas activas também diminuíram durante o período analisado, caindo de 224,7 milhões em 2023 para 164,9 milhões em 2024, reflectindo uma queda de 26,6%.
Apesar da queda no número de assinantes, o volume de uso de dados móveis em terabytes subiu, passando de 713.200 para 973.445 durante o período analisado.
MTN lidera as conexões
A análise revela ainda que a MTN, marca sul-africana, continua a dominar o mercado de provedores de serviços com uma significativa participação de mercado.
A Airtel aparece em seguida, com 56,6 milhões de assinantes, respondendo por 34,3% do mercado, enquanto a Globacom e a 9mobile representaram 12,2% e 1,9%, respectivamente.
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No final do ano de 2024, mais nigerianos tiveram acesso à Internet mais rápida, já que a tecnologia 4G ultrapassou a 2G em penetração, atingindo 42,7% do total de utilizadores de Internet.
No país, os utilizadores 2G representaram 41,5%, o 3G cobre 9%, enquanto o 5G aparece no final da lista com uma participação de 2,3%.
Apesar de o 5G ter registado a menor penetração no mês pesquisado, manteve um aumento constante ao longo do ano, indicando uma adopção crescente.
A penetração da banda larga aumentou para 44,43%, enquanto o número de nigerianos com acesso subiu para 96,3 milhões, ante 94,7 milhões relatados no mesmo período do ano anterior.
Os números actualizados mostram que o NCC está 25,5% abaixo da meta de penetração de 70% que pretende atingir até ao final de 2025.
Fonte Techpoint