Após um “silêncio” que se viveu na tecnologia em Moçambique, 2023 está a sorrir para a área, isto com o “boom” e renascimento de iniciativas através de comunidades de tecnologia que vem fortificando a área e as conexões no sector.
Trata-se de movimentos que têm como um de seus temas principais a tecnologia. Uma comunidade de Tecnologia é formada por pessoas com objetivos e interesses em comum dentro da tecnologia da informação.
As comunidades proporcionam o intercâmbio de informações e experiências, servindo de suporte para o amadurecimento das ideias, especialmente no uso das ferramentas. Também ampliam o network entre os que já estão estabelecidos e os mais novos.
Até aqui, mais de 10 eventos foram realizados, por comunidades já estabelecidos, como é o caso da MozDevz e Maputo Frontenders, e outras que buscam pelo seu espaço de afirmação, caso da comunidade Flutter de Moçambique e GDSC Universidade Eduardo Mondlane, Moz Android Community.
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Valquiria Pondja é activista social, programadora arduino, lidera a GDG Maputo, é embaixadora da Women Tech Maker, mais que promover os eventos das comunidades que representa, também se faz presente em quase todos com novas propostas de lições e aprendizagem.
Em conversa com a Kabum, Valquíria destaca que “comunidades, para mim, são um espaço onde, mais do que aprender sobre tecnologia, aprendemos sobre nós mesmos e sobre os problemas à nossa volta”, afirma.
Para Valquíria o “renascimento” desses espaços é importante, pois demonstram que ninguém deve caminhar só e é importante o não isolamento, saber que há sempre uma mão que vai ajudar.
“É importante não nos isolarmos, pois não somos ilhas, não somos seres isolados e, precisamos uns dos outros em qualquer esfera da nossa vida”.
Valquíria Pondja
Com os eventos e canais que se criam através dessas comunidades torna-se possível “a interação que os experts, entusiastas ou estudantes têm para debater sobre como transformar o mundo num lugar melhor através do que mais gostamos de fazer: trabalhar com tecnologia”.
Contudo, para a resistência desse estrondo Valquiria adverte a importância “de não deixar o espírito de partilha morrer, treinando mais jovens, para garantir que a geração vindoura possa experienciar o mesmo que nós e melhorar onde for possível”.