Quando será a vez da África ir à Lua?

Lua

O continente africano tem estado em constante evolução a nível do ecossistema da tecnologia com uma especial atenção ao nível de startups que estão a ter um terreno fértil e empreendedores com reconhecimento internacionalmente. A evolução conecta-se com o avanço na criação de infra-estruturas e iniciativas que têm incentivado a constante criação e inovação por parte dos empreendedores africanos.

A evolução em termos tecnológicos, ao nível mundial, fora a criação de Startups, tem vindo a conectar-se com a exploração de outros “universos”, como é o caso da Lua e personalização de viagens à Marte. Dentre as iniciativas de exploração do espaço, a liderança está com a NASA, SpaceX. Alinhado a isso, a questão que surge é a seguinte: Quando será a vez da África ir à Lua?

Para a compreensão e possível resposta à questão, viajamos por algumas iniciativas aqui lançadas com o objectivo de levar África à Lua, e a que se destaca, há 5 anos que mostrou o seu interesse, através de uma campanha de crowdfunding (financiamento colectivo) na internet onde todo mundo podia ajudar. 

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A campanha é liderada por uma organização sul-africana, a Foundation for Space Development, como finalidade levar a tecnologia africana ao satélite da Terra. Neste caminho, a campanha tem mais 5 anos a cumprir até que o dia se concretize. 

Para os organizadores da iniciativa, a ideia de colocar a África como um continente tem também em vista quebrar os estereótipos que ainda persistem sobre o continente em relação com a sua evolução e crescimento. 

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Designada Africa2Moon, a iniciativa, quer precisamente inspirar, através de várias iniciativas com que jovens africanos ambicionam ser os cientistas espaciais do futuro e que possam chegar à lua. 

À medida que mais pessoas se forem associando ao projecto, busca-se pela criação de um mercado de trabalho mais especializado e evitar a fuga de talentos de África para outros continentes, que é actualmente um dos problemas que o continente enfrenta. 

“Pelo menos uma em cada nove pessoas com graus universitários deixa o continente”.

Lê-se no site da organização.

Para já, na primeira fase, o objetivo é recrutar estudantes universitários de todo o continente africano. Para tal, a Africa2Moon lançou uma campanha de crowdfunding na internet que pretende angariar 150 mil dólares até ao fim de janeiro. Neste momento, a iniciativa obteve pouco menos de 13 mil dólares.

Daqui a dez anos, prevê Weltman, deverá já ser possível haver uma sonda espacial africana a orbitar ou estacionada na Lua, capaz de enviar imagens do satélite em tempo real, que até poderão ser utilizadas nas salas de aula do continente, contribuindo dessa forma para continuar a sensibilizar as crianças e jovens do futuro para a importância da exploração científica.

O movimento já levantou vários questionamentos como é o caso se não terá África prioridades mais urgentes do que ir à Lua? numa recordação que o continente ainda se debate com a epidemia de ébola, enormes desigualdades sociais e económicas e graves deficiências educacionais.

Jonathan Weltman, responsável pelo movimento, responde às críticas. “África tem preocupações mais urgentes? Sim, sem dúvida!”, escreveu no blogue, assumindo que isso não “significa que não devemos ir à Lua ou que não temos outros objectivos científicos? Na minha opinião, é o contrário. Significa que temos de tentar ir à Lua e tentar outros projetos audaciosos, ousados e memoráveis.”

“Se não planearmos o futuro, onde é que ficamos? É absurdo pensarmos que não devemos continuar a nossa investigação e exploração. Se não o fizermos, perderemos cada vez mais pessoas até que fiquemos 100% dependentes do resto do mundo”, afirmou ao Guardian.

Actualmente há diversos países africanos com projetos espaciais, especialmente no campo dos satélites, que são fundamentais para o continente.

Enquanto não chega a vez da África pisar a Lua, o alcance do espaço, têm acontecido através do envio de satélites para o espaço, por parte dos países africanos, para fornecer internet mais rápida, alertar contra desastres e acelerar o desenvolvimento do continente.

Fonte Observador

Kabum Digital Revista
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