Há mais de 15 anos que Sérgio Carrilho desembarcou no Japão. É engenheiro informático na Sony, uma das maiores empresas de tecnologia mundialmente e considera-se embaixador de Moçambique em Tóquio, pois as suas acções localmente são o reflexo do que é a terra natal.
A paixão por engenharia surge do gosto por máquinas desde pequeno que se resumia na busca pelo entendimento do seu funcionamento. Através do primeiro computador, oferecido pela mãe, deu início a programação e domínio da internet, e mais tarde, aos 17 anos, escolheu como curso a Engenharia Electrotécnica na Universidade Eduardo Mondlane.
Aos 25 anos resolve sair de Moçambique na busca por novos desafios que pudessem ajudar no seu crescimento profissional.
“Sabia que havia de ser um sacrifício porque tinha que ficar longe da família, amigos, mas era uma coisa que se eu fizesse tinha que fazer naquele momento porque depois havia de ser tarde”.
Sérgio Carrilho
A escolha do Japão, residiu por este ser um país altamente tecnológico e com vários desafios, como o caso da língua “fui a procura de bolsas, houve anúncio no jornal em que tinha uma bolsa paga pelo governo japonês, apliquei para bolsa e tive a sorte de ser um dos escolhidos”, e assim começava a sua jornada longe de Moçambique.
A sua jornada, inicia-se como Pesquisador na Escola de Engenharia da Universidade de Tóquio, e dos exames que devem ser feitos para admissão completa, só conseguiu admitir na segunda tentativa, e desta entrada, ao fim do curso, recebeu o prêmio de Melhor Pesquisa na Escola, conquista que o lembra que “até em momentos difíceis, se uma pessoa esforçar-se pode sempre conseguir dar a volta a qualquer situação”.
A entrada na Sony foi de forma independente, de um processo que levou quase um mês de entrevistas. Iniciou-se como Programador, e um ano depois foi promovido à Líder de Equipa, numa altura que a empresa lançava-se para o fabrico de telemóveis com o sistema Android.
Após este percurso, resolveu passar para a Symantec, na altura maior empresa de segurança do mundo, trabalhou como Consultor Sênior de Segurança. Três anos depois, volta para o Grupo Sony como Gestor de Projectos em Tecnologia e, atualmente, é Engenheiro de Software.
“A Sony abriu-me o mundo, consigo lidar com produtos e com tecnologia de ponta, Como Engenheiro não há nada mais gratificante que estar envolvido em vários projectos de alta tecnologia e com impacto que causam impacto na vida de pessoas”.
Em Moçambique, passou por empresas como Mozal, Govnet, onde fez parte do desenho da rede de expansão nacional e responsável pelo treinamento de ministros e profissionais de Tecnologia da Informação para cada ministério.
Fonte: Stv
