A plataforma mundial de streaming musical Spotify, liderada pelo empreendedor sueco Daniel Ek, anunciou a demissão de aproximadamente 1.500 dos mais de 9.000 trabalhadores globais da empresa nos próximos dias.
O número que a empresa elimina representa cerca de 17% da sua força de trabalho, sendo esta a sua terceira ronda de despedimentos neste ano, numa busca da plataforma em tornar-se “produtivo e eficiente”.
O anúncio chegou aos funcionários através de uma nota enviada pelo CEO, Daniel Ek, na segunda-feira (03.12.23) onde afirma que o dimensionamento correcto da força de trabalho é crucial para a empresa enfrentar os “desafios futuros”.
Daniel Ek cita o crescimento económico lento e o aumento dos custos de capital como razões para a redução de postos de trabalho, revelando que o Spotify tinha aproveitado o capital de baixo custo em 2020 e 2021 para fazer investimentos significativos no negócio.
Os investimentos resultaram num sucesso, contribuindo para o aumento da produção do Spotify e o crescimento robusto da plataforma no ano passado. No entanto, a plataforma encontrou agora num ambiente muito diferente. Onde, ainda com esforços para reduzir os custos no ano passado, a estrutura de custos para a meta pretendida continua demasiado grande.
“Reconheço que este facto terá impacto em vários indivíduos que deram contribuições valiosas. Para ser franco, muitas pessoas inteligentes, talentosas e trabalhadoras vão deixar-nos”,
lê-se na nota, publicada pela empresa no site oficial.
A decisão está também, ainda que “drastica”, alinhada com a construção do Spotify como uma empresa verdadeiramente grande e sustentável, uma empresa concebida para atingir o seu objectivo de ser a principal empresa de áudio do mundo e uma empresa que irá gerar consistentemente rentabilidade e crescimento no futuro.
Em nota, o director executivo assume, àqueles que serão demitidos, que o Spotify somente tornou-se numa empresa melhor devido à dedicação e trabalho árduo por todos prestado.
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“Obrigado por partilharem os vossos talentos connosco. Espero que saibam que as vossas contribuições tiveram um impacto profundo em mais de meio bilhão de pessoas e em milhões de artistas, criadores e autores em todo o mundo”,
afirma em comunicado.
Uma medida extremamente dolorosa para a equipa, mas é esta a medida certa para a empresa, é como Daniel olha para a situação.
Antes deste anúncio, a Spotify registou um forte crescimento de utilizadores, com um aumento notável de utilizadores activos mensais, bem como de clientes pagos no trimestre mais recente, com a apresentação de uma tendência positiva contínua.
Daniel EK reconhece os factos tanto que assume estar ciente que “para muitos, uma redução desta dimensão parecerá surpreendentemente grande, dado o recente relatório de ganhos positivos e o nosso desempenho”, tanto que a empresa debateu a possibilidade de efectuar reduções mais pequenas ao longo de 2024 e 2025, porém, numa análise dos objetivos financeiro e os nossos custos operacionais actuais “decidi que uma acção substancial para reduzir os nossos custos era a melhor opção para atingir os nossos objectivos”, escreve.
Fonte Tech Cruch