O Ministro dos Transportes e Comunicações anunciou, em Outubro deste ano (2023), o lançamento do programa “Internet nas Escolas” com o objectivo de levar internet rápida às principais escolas do país.
O programa é lançado em parceria com a SAMADA (Starlink) com propósito de fornecer terminais de internet rápida de banda larga a 10 escolas técnicas do país, isto ainda na fase inicial.
O lançamento do projecto foi feito pelo Horácio Paquínio, director nacional de comunicações do Ministério dos Transportes e Comunicações, que manifestou o desejo de melhorar o acesso dos alunos das escolas das zonas abrangidas a material académico na Internet.
“Internet na Escola é um dos muitos projectos de inclusão digital que a instituição está a desenvolver para expandir a acessibilidade à Internet. Este projeto inclui a criação de praças e bibliotecas digitais em diferentes municípios do país”,
disse Constâncio Trigo, Director da INCM.
A instituição acredita ainda que a ligação das escolas à Internet de alta velocidade permitirá aos alunos e professores desses estabelecimentos aceder a recursos educativos, pesquisar, aprender e comunicar de forma mais eficaz.
Desde o seu início, quatro escolas das províncias de Maputo, Gaza, Inhambane e Sofala já beneficiam da iniciativa, sendo que a próxima fase do programa será fornecer a mais de 300 escolas de todo o país que estão neste momento sendo avaliadas para que também tenham internet via satélite.
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SAMADA, parceira do programa, é uma empresa credenciada para revender e montar equipamentos da Starlink em África. Em Moçambique, a Starlink está a operar desde o início do ano.
Moçambique é o primeiro país da região a ter este serviço embora já existam mais três escolas com os serviços a funcionar sem limitação. Nesta primeira fase, SAMADA investiu 75 mil dólares para o período de um ano.
Cada escola receberá uma antena instalada pela Starlink que se liga ao seu satélite, resultando numa velocidade de Internet de cerca de 32,09 mbps, a infraestrutura, sendo baseada em satélite, não é vulnerável a problemas causados pelas alterações climáticas, que podem afectar as redes de fibra óptica.
Starlink tem actualmente 5.000 satélites em órbita e em breve terá 12.000. Para aumentar a conectividade e a força do serviço, a empresa também solicitou autorização para colocar mais 30 000 satélites.
No continente africano, Ruanda foi um dos primeiros países a apostar na Starlink para o fornecimento de internet às principais escolas daquele país, alinhado com o programa “Programa de Conectividade Escolar” que contempla 500 escolas.
O projecto é resultado da colaboração entre o governo ruandês, a Starlink e uma contribuição de Tony Blair, ex-primeiro-ministro do Reino Unido no avanço da conectividade e no fortalecimento da educação, principalmente em áreas remotas.
Fonte Evidências