Na lista dos jovens promissores, está lá e bem posicionado com um certo reconhecimento através de participação em eventos ligados a comunidades de tecnologia, e quando trata-se de competições, caso não esteja em primeiro, no segundo ou terceiro lugar estará.
Alguém que não gosta de “verdades absolutas” e que sempre tenta entender o porquê de todo mundo concordar com aquilo, é deste jeito que o jovem Sweyd Manaf definiu-se para a Kabum Digital , olhando para estes fatores como impulsionadores da sua entrada na área da inovação através da tecnologia.
Trabalha actualmente com desenvolvedor Frontend com alta apreciação do design, com o sentido crítico que considera nato.
Igual a muitos, o seu contacto com tecnologia foi movido pela curiosidade de querer entender como as coisas funcionam. E na sua história, do vício por passar madrugada a jogar PES 2017, isto em 2018, com a sua máquina relativamente fraca, buscou entender porque isso acontecia
Cansado e na busca de como poderia mudar a situação, começou a pesquisar no Youtube, e foi aqui onde descobriu o Gabriel Pato (hacker ético) que acabou me influenciando a gostar de hacking.
“Ganhei gosto e pesquisei sobre o assunto. Depois percebi que tinha que aprender uma linguagem de programação, pesquisei qual seria ideal para hacking e dentre várias opções era dita que C é bastante poderosa porém difícil, comecei por ela”,
explicou.
Mas não foi decidido que tudo já estava, o seu hello world com a programação só aconteceu depois de uma semana, isso quando instala o code blocks e não consegue dar o próximo passo.
Com o hello world feito, começou a baixar algumas apostilas e seguia os exercícios, com o tempo, conheceu o metasploits onde teve acesso a ferramentas para hackear. O seu interesse era conseguir acesso remoto a algum telefone, e foi tentando fazê-lo, através das ferramentas obtidas que conseguiu e, daí, nunca mais parou.
Com técnicas dominas, percebeu que na verdade ainda não tinha alcançado o nível de hacker, mas sim um script kiddie, ou seja, só sabia usar ferramentas desenvolvidas por outros hackers.
Na mesma época em que praticava o hacking, já havia desistido de dominar a linguagem de programação C, pois não viu graça. Mas foi pesquisando que descobri um curso de programação em Python que retém a sua atenção até que terminasse todo conteúdo.
Encontrar-se não foi fácil para o jovem, pois quando se interessava pelo Python, perdia o seu interesse em hacking e crescia mais interesse em física, pois nos tempos livres desenvolvia programas para resolver tpc ‘s (exercícios escolares).
Em 2019, com 14 anos, fez o seu curso profissional de redes onde obteve uma experiência muito enriquecedora e desafiadora pois era o mais novo, e coloca este como ponto oficial da entrada na tecnologia, pois “nesse momento já tinha certificação profissional de informática”, conta.
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Na jornada, olha como dificuldades a falta de mentoria, sendo que o seu percurso sempre foi movido pela curiosidade, querer fazer coisas e resolver problemas e não necessariamente para entrar no mercado de trabalho mais rápido. Com mentoria, acredita que lhe teria sido fácil saber o “que o mercado procura, mas era só conteúdo de internet e era fácil se desviar”.
Que todos podem tornarem-se bons no que fazem, é o que busca mostrar através da sua jornada. é o seu motor diário, e lembra-se disso toda vez que sente dificuldades em aprender algo ou realizar algo impactante.
Como mencionado, quando Sweyd participa de uma competição, no Top 3 estará. E foi o que aconteceu em 2023 onde tornou-se vencedor do Code In The Dark, um evento da comunidade Maputo Frontenders que desafia jovens a programarem sem visualizar o resultado até que a prova termine.
E foi vencendo este concurso, que teve a sua divulgação nas redes sociais, que lhe chegou a vaga para estágio na VOLET Technologies, startup moçambicana que actua na área da inovação financeira.
“Trabalhar na volet tem sido inspirador, participar de decisões de design e entender sobre o backend enquanto faço as minhas actividades de frontend tem sido uma experiência boa, pois sou sujeito a aprender diferentes coisas interessantes”,
conta, assumindo que também impulsiona o seu entendimento de vários processos burocráticos.
Com uma carreira que ainda só está a iniciar, a sua passagem de estagiário para efectivo, ter desenvolvido sistemas que estão em produção activamente, e ser actual Tech Lead na maior comunidade de frontends de Moçambique estão em destaque na lista dos pontos marcantes, e está feliz com seus 19 anos já ter conseguido isso.
O limite é o céu
É fascinado pela programação, mas a outra parte ama a astronomia, e futuramente, vê-se contribuindo para a astronomia local ou internacional com softwares de educação ou inclusão nas áreas afins. E se o limite de um sonho é o seu, seu desejo é poder participar de uma equipe de desenvolvimento aeroespacial internacional como SpaceX e poder desenvolver programas relacionados à exploração do espaço.
Na lista de inspirações, é impulsionado pelo divulgador científico e empreendedor Pedro Loos. É a pessoa que mais acompanha e para o jovem este tem feito um trabalho incrível na educação brasileira, facilitando e descomplicando o conhecimento científico, oque o faz ter a vontade de fazer o mesmo em Moçambique.
Enquanto jovem em ascensão, não é movido pelo código e sim por criar soluções através da tecnologia e não almeja trabalhar com determinadas linguagens, mas sim desenvolver soluções com as suas habilidades de programação.