Com o objectivo de se posicionar na exploração do espaço, está nos planos da Tanzânia criar a sua primeira Agência Espacial e posteriormente lançar o seu primeiro satélite. O país pretende alcançar o feito dentro do ano fiscal de 2024/2025.
Os planos foram revelados pelo Ministro da Informação, Comunicação e Tecnologias da Informação, Nape Nnauye, onde tem-se nos planos a implementação de programas espaciais que promovam a tecnologia de satélites, melhorando as comunicações e as tecnologias de informação.
“Os outros serviços incluem a defesa e a segurança, a investigação, a gestão de catástrofes e a previsão meteorológica no país”,
disse o ministro à Assembleia Nacional.
Os programas espaciais do país têm vindo a avançar, incluindo a garantia de uma posição orbital para satélites de radiodifusão e a aquisição de novas frequências para aumentar a segurança das comunicações aéreas e marítimas.
A construção do primeiro satélite nigeriano foi inicialmente anunciado em 2023, e agora, segundo a Presidente Samia Suluhu Hassan do país, as negociações para alcançar este marco científico já começaram.
“Estamos bem preparados. Já iniciamos as conversações e temos a certeza de que a Tanzânia terá o seu satélite num futuro próximo”,
afirmou a presidente.
Com o satélite, o país pretende promover a tecnologia de satélites para a defesa, a segurança, a investigação, a gestão de catástrofes e a previsão meteorológica, e melhoramento das comunicações.
No sector das comunicações, um satélite pode melhorar a conectividade em zonas recônditas, reduzir o défice digital e melhorar o acesso à educação e aos serviços de saúde.
A construção de satélite e de uma agência espacial busca colocar o país na lista de países da África Oriental, incluindo o Quénia, o Ruanda e o Uganda que já concretizaram os seus avanços na área da investigação espacial.
O Quénia, por exemplo, lançou no ano passado o seu primeiro satélite de observação para promover a educação espacial e a ciência através de clubes nas escolas.
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O satélite foi desenvolvido por nove engenheiros queniano com o objectivo da sua utilização na gestão de catástrofes e no combate à insegurança alimentar através da recolha de dados agrícolas e ambientais, incluindo inundações, secas e incêndios florestais.
O Uganda, por outro lado, lançou o seu primeiro satélite para a estação espacial internacional a 8 de dezembro de 2022, após a sua construção por três engenheiros ugandeses e japoneses no âmbito de um programa multinacional de criação de satélites.
Até ao final de 2022, o continente africano tinha lançado com sucesso pelo menos 52 satélites, de acordo com a empresa de consultoria Space Hubs África. O plano passa por mais do que triplicar o número de satélites enviados para a órbita da Terra nos próximos anos.
No continente, Egito lidera com nove satélites lançados, seguido da África do Sul com oito, da Argélia com sete, da Nigéria com seis e de Marrocos com três. Ghana, Sudão, Etiópia, Angola, Quénia, Ruanda e a Maurícia completam a lista.
De acordo com o Relatório Anual da Indústria Espacial Africana, 125 novos satélites foram planeados para serem desenvolvidos em 23 países africanos até 2025, à medida que as actividades no mercado espacial do continente aumentam de forma significativa.
Fonte The Citizen Business Insider