O aplicativo de mensagens Telegram está a caminho de 1 bilhão de utilizadores, após alcançar 900 milhões de público activo mensalmente e estar próximo de alcançar a lucratividade, segundo o proprietário Pavel Durov.
Caso chegue a 1 bilhão de utilizadores, o aplicativo estará ao lado de grandes redes sociais como é o caso do Facebook, Instagram, LinkedIn, TikTok.
Ao site Financial Times, Pavel Durov afirmou que o Telegram, que tem sede em Dubai, cresceu e tornou-se um dos aplicativos de mídia social mais populares do mundo, após alcançar, também, milhões de dólares em receitas depois com a introdução de serviços de publicidade e assinatura premium dois anos atrás.
“Esperamos nos tornar lucrativos no próximo ano, senão este ano”, disse o fundador em sua primeira entrevista pública desde 2017. Onde acrescentou que a plataforma tem 900 milhões de utilizadores activos mensais, acima dos 500 milhões no início de 2021.
A principal razão pela qual começou a monetização é porque queria permanecer independente. No geral, o proprietário vê valor em oferta pública inicial como um meio de democratizar o acesso ao valor do Telegram.
“De um modo geral, vemos valor em (uma oferta pública) como um meio de democratizar o acesso ao valor do Telegram”,
disse ele ao Financial Times.
Para Pavel Durov a empresa tem estado a recusar ofertas para ser comprada, uma vez que está a fazer milhões de dólares, e cada vez mais perto da sua total rentabilidade.
A empresa, que tem apenas cerca de 50 funcionários em tempo integral, ganhou a sua popularidade nos últimos anos para tornar-se uma ferramenta de comunicação vital para governos e funcionários em todo o mundo.
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Com a abertura de capital, os pequenos investidores poderiam comprar acções da empresa. Isto, por sua vez, funcionaria para que disparasse o valor da plataforma, permitindo-lhe manter-se independente.
Para o Financial Times, Durov afirmou que o Telegram tinha sido avaliado em mais de 30 mil milhões de dólares por fundos tecnológicos mundiais.
No entanto, há alertas de que a plataforma de forma leve e moderada continua sendo um foco para actividades criminosas, bem como conteúdo extremista ou terrorista e desinformação.
A plataforma tem ajudado jornalistas e repórteres a partilhar imagens de zonas de guerra. Também levou a que civis nessas zonas, como a Ucrânia, coordenassem movimentos e outras actividades.
A má reputação do Telegram acontece devido à abundância de liberdade permitida na plataforma, onde os utilizadores podem encontrar canais criados por qualquer tipo de utilizadores.
No Brasil, em 2023, o aplicativo de mensagens foi suspenso no Brasil a pedido da Polícia Federal devido à falta de colaboração na entrega dos dados solicitados para uma investigação sobre grupos neonazistas presentes na plataforma.
A nível do continente africano, a aplicação foi proibida na Somália em 2023, como meio de controlar e colocar fim à divulgação de conteúdo de carácter ofensivo e desinformação.
O ministro das comunicações emitiu um comunicado onde ordena às empresas de Internet que suspendam as aplicações acima referidas, pois os terroristas e os grupos imorais utilizam para divulgar constantemente imagens de desinformação ao público.
Fonte Android Headlines Financial Times