A Tesla está a ser acusada de violar a privacidade dos seus clientes pelo acesso de funcionários a vídeos e imagens gravados pelas câmeras dos carros.
O processo pede que a Tesla seja proibida de violar a privacidade de clientes e olha a conduta da empresa “particularmente flagrante” e “altamente ofensiva”.
A acção colectiva inclui pessoas que possuíram ou alugaram um veículo da marca nos últimos quatro anos.
Tudo acontece após ser revelado que grupos de funcionários da Tesla compartilharam, através de um sistema de mensagens interno, vídeos e imagens altamente invasivas gravadas pelas câmeras dos carros dos clientes entre 2019 e 2022.
Segundo a Reuters, processo foi movido por Henry Yeh, proprietário de um dos modelos da fabricante.
Henry Yeh alega que os funcionários da Tesla tiveram acesso às imagens e vídeos para seu “entretenimento desagradável e tortuoso” e “humilhação daqueles gravados secretamente”.
Na ação, Yeh requisita que se “proíba a Tesla de se engajar em seu comportamento ilícito, incluindo a violação da privacidade de clientes e outros, e que sejam recuperados danos reais e punitivos”.
Os dados que são colectados pelas câmeras não são vinculados à conta do cliente ou identificação do veículo, de acordo com o aviso de Privacidade do Cliente da Tesla.
No entanto, um dos ex-funcionários afirmou que os rotuladores de dados da empresa conseguiam ver a localização das gravações no Google Maps.
Recentemente, a Autoridade Holandesa de Proteção de Dados concluiu uma investigação sobre possíveis violações de privacidade no Modo Sentinela da Tesla.
A Tesla ainda não se pronunciou sobre os depoimentos dos ex-funcionários e o caso segue em investigação.
As câmeras são equipamentos importantes nos carros da Tesla, são utilizadas em funcionalidades como o Autopilot e o Autopark, porém, a privacidade dos utilizadores é uma preocupação crescente, especialmente em meio a denúncias do tipo.
Fonte Olhar Digital