A Universidade Eduardo Mondlane (UEM) conta desde o dia 22 de Setembro com um novo espaço para incubação de ideias de projectos de inovação e empreendedorismo numa perspectiva de capacitar jovens no domínio das áreas citadas.
A inauguração contou com a presença do reitor da Universidade que, na ocasião, Manuel Guilherme Júnior, afirmou que a Incubadora de Negócios dá mais peso à visão desta instituição, que procura completar toda a cadeia formativa dos jovens que contempla a formação acadêmico-científica e também as oportunidades de emprego, através das feiras de emprego.
A Incubadora tem capacidade para hospedar, simultaneamente, 12 startups por turno, o que totaliza 24 startups em dois turnos, adoptando um modelo rotativo.
Disse o Reitor.
“É nosso desejo que este espaço se torne um caldeirão de ideias inovadoras e uma projecção para startups que não apenas prosperem no mercado, mas também façam uma diferença significativa na nossa sociedade, mas porque associadas à Universidade, sejam sempre resultado de uma base científica forte”,
Dirigindo-se aos estudantes, disse esperar que estes “façam deste espaço a sua casa para inovar e sobretudo, cuidar deste equipamento e instalações que a UEM coloca à sua disposição, através de parceiros institucionais”.
O espaço está sob a gestão do Centro de Informática, e é uma iniciativa que tem o apoio da Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento (AICS), através do Centro de Informação de Educação para o Desenvolvimento (CIES), de um processo que constituiu a requalificação do espaço físico e a aquisição de mobiliários e novos equipamentos informáticos.
Por sua vez, o Director da AICS, Paolo Enrico Sertoli, referiu que a inauguração da incubadora representa um marco importante no alcance dos objectivos de promoção de autoemprego dos jovens.
Paolo Enrico Sertoli
“O sector da digitalização, no qual se inserem as actividades desta incubadora de startup, representa uma grande oportunidade de auto emprego para os jovens, sendo este sector transversal e de suporte a todos os outros sectores da economia para o desenvolvimento do país”
Como forma de reduzir a diferença quanto à actuação dos homens e mulheres na tecnologia, encoraja-se também, através do espaço, uma maior participação das raparigas, quer na formação em Tecnologias de Informação e Comunicação como na concepção de startup que podem ser incubadas neste novo espaço.
Leia também:
- Universidade Eduardo Mondlane em destaque na digitalização do país
- Baoba Hub lança curso online de UX/UI Design
A incubadora teve início da sua construção em 2022, na lista dos projectos que por ali serão apoiados está como exemplo o Coding Girls, Call For Ideas da UEM e ICT4Dev, que compreendem as áreas de Gestão de Negócios e Liderança, sob orientação de formadores capacitados e credenciados.
Dos serviços a serem prestados, os incubados receberão: treinamento, mentoria e aconselhamento, networking, parcerias, acesso a financiamento inicial dos seus projectos, monitoramento e acompanhamento pós-incubação, e as startups graduadas a cada final de ciclo de incubação farão para de uma comunidade alumni.
Fora esta inovação, uma das iniciativas da digitalização da instituição é da parte da Organização Nações Unidas, através do Bernardo Mariano, Secretário-Geral-Adjunto que tem por objectivo facilitar aos estudantes o acesso às TIC e melhorar a prestação de serviços na instituição de ensino.
Para o Bernardo Mariano a digitalização é importante, é aliado a este processo, sugiro a oferta de computadores aos estudantes para melhorar o acesso às tecnologias.
A Universidade Eduardo Mondlane está em destaque na aceleração e transformação digital de Moçambique. Entre as contribuições destaca-se a primeira conexão que permitiu a Moçambique se ligar à rede global em 1992, tornando-se o terceiro país africano a fazê-lo, depois da África do Sul e do Egito.
Fonte CIUEM