O serviço de mensagens instantâneas WhatsApp está a trabalhar para permitir que os utilizadores se conectem através de servidores proxy, para que possam permanecer online se a internet for bloqueada ou interrompida.
A gigante da tecnologia, propriedade da Meta, disse que espera que os bloqueios como os que ocorreram no Irã “nunca mais ocorram” novamente. Eles negaram os direitos humanos e “cortaram as pessoas de receber ajuda urgente”.
O WhatsApp está neste momento requisitando à sua comunidade global para voluntariar proxies para ajudar as pessoas a “se comunicarem livremente” e oferecerá orientações sobre como configurar um. “Conectar via proxy mantém o mesmo alto nível de privacidade e segurança que o WhatsApp fornece”, disse em um blog.
“Suas mensagens pessoais ainda serão protegidas por criptografia de ponta a ponta, garantindo que elas fiquem entre você e a pessoa com quem você está se comunicando e não sejam visíveis a ninguém no meio, nem aos servidores proxy, WhatsApp ou Meta”.
Juras Juršėnas, da empresa de colecta de dados e proxy online Oxylabs, disse à BBC News: “Para as pessoas com restrições governamentais no acesso à internet, como foi o caso do Irã, o uso de um servidor proxy pode permitir que as pessoas mantenham a conexão com o WhatsApp e o resto da internet livre e sem censura. “Isso permitirá que as pessoas em todo o mundo fiquem conectadas, mesmo se o seu acesso à internet for bloqueado por alguns atores maliciosos.”
O WhatsApp é um aplicativo de comunicação instantânea disponível para celulares Android e iPhones. O app foi criado em 2009, nos Estados Unidos, por Brian Acton e Jan Koum, com objetivo de oferecer uma alternativa às mensagens via SMS.
A praticidade de permitir a troca de mensagens de texto pela internet sem as tarifas fez com que o WhatsApp rapidamente se popularizasse, principalmente em países com economias mais frágeis.
O sucesso chamou a atenção do Facebook, agora conhecido como Meta, que fechou um meganegócio para adquirir o aplicativo em 2014. A empresa pagou US$ 19 bilhões para assumir o controle do WhatsApp, que continuou funcionando de forma independente do restante dos serviços da empresa. Na época, o app registrava 600 milhões de usuários activos, mas já superou 2 bilhões em todo o mundo.
Fonte: BBC