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Angola com um número reduzido de startups bem-sucedidas

Angola

O ecossistema de startups em Angola, embora promissor, ainda não presenciou o sucesso de uma startup a ser adquirida em bolsa, destacou o mais recente estudo de Avaliação do Ecossistema de Startups em Angola, conduzido pela International Finance Corporation (IFC), em colaboração com a União Europeia e a Startup Genome.

De acordo com o estudo, Angola se encontra nos estágios iniciais da Fase de Ativação no ciclo de desenvolvimento de startups, caracterizado por um número limitado de startups e restrições significativas de recursos. 

Estatísticas revelam que o ecossistema angolano abriga aproximadamente 125 startups tecnológicas ou ativas. Esta fase embrionária de desenvolvimento, no entanto, ainda não testemunhou o surgimento bem-sucedido de uma startup no mercado angolano.

Os pesquisadores destacaram que, embora os fundadores de startups em Angola estejam bem conectados entre si, persistem lacunas notáveis no sistema local. Especificamente, apontaram para deficiências nos recursos disponíveis, na infraestrutura de suporte e na conectividade com investidores e mercados.

O estudo também destacou um aspecto preocupante, evidenciando que apenas cerca de 200 startups estão actualmente inscritas no governo através da AASED (Agência de Apoio ao Empreendedorismo e Startups de Angola). Esta estatística realça a necessidade de uma maior participação e engajamento das startups locais com as estruturas governamentais para impulsionar o ecossistema em direção ao crescimento e à estabilidade.

Embora o cenário actual do ecossistema de startups em Angola denote um estágio inicial de desenvolvimento, o estudo ressalta que o país possui potencial considerável para aprimorar suas condições e oferecer um ambiente mais favorável ao florescimento das startups. O relatório aponta para a importância de investimentos contínuos, políticas estratégicas e colaborações entre os setores público e privado para impulsionar o crescimento sustentável do ecossistema de startups em Angola.

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Este estudo não apenas evidencia os desafios actuais enfrentados pelas startups em Angola, mas também fornece um roteiro crucial para fortalecer o ecossistema e pavimentar o caminho para o sucesso futuro das startups no país.

Ainda no início deste ano, o governo local anunciou a apresentação de várias acções de financiamentos conectadas às necessidades das startups nacionais, levando em consideração os diferentes estágios que se encontram.

A informação foi revelada pelo diretor nacional para a Economia e Fomento Empresarial, alinhado com o objectivo de apostar na inovação e tecnologia como chaves para a imersão das startups em Angola.

O governo tem por vista garantir o surgimento de novas startups no país, melhorar a literacia empreendedora, trabalhar nas ideias para que tenham a robustez necessária, a fim de que ao irem ao mercado consigam ter o ciclo normal das startups, bem como conectar as startups para elas poderem criar as trocas de serviços.

De acordo com o primeiro estudo sobre “Empreendedorismo e Ecossistema de Startups em Angola” impostos, falta de financiamento e regulamentação são os principais problemas que têm surgido e tem ameaçado a sobrevivência das startups angolanas.

Do relatório, também foi destacado o aumento da taxa de acesso à internet de 2019 a 2022. Revelou-se que o número de assinantes cresceu cerca de 48%, apontando esses dados como factores influenciadores positivos para o desenvolvimento do ecossistema digital de startups em Angola.

Fonte Menos Fios

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