Open-G é o nome do telemóvel desenvolvido na Costa do Marfim e que fala 100 línguas africanos com vista a melhorar a acessibilidade para utilizadores locais que não sabem ler e escrever.
É uma invenção de Alain Capo Chichi, CEO do Instituto Cerco, do Benin, capaz de interagir com o utilizador de acordo com as suas necessidades. Alain Capo Chichi propõe o “Open G” como um dispositivo inteligente e revolucionário.
A inovação está conectada com um sistema operativo, que permite reconhecimento de voz de acordo com as realidades sociais e línguas locais. Consegue entender comandos e responder em 16 das cerca de 60 línguas faladas na Costa do Marfim.
Para o criador, Alain Capo-Chichi, o telefone teve como objectivo ajudar pessoas como os seus pais, que são analfabetos, a utilizar recursos como a transferência de dinheiro e o envio de mensagens.
“Em África o problema que temos é que a leitura e a escrita não são acessíveis a todos”, disse, sendo que “as pessoas podem usar os seus smartphones muito mais facilmente, simplesmente falando com eles”.
Lê-se em citação no portal Diário Económico.
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Está com 100 línguas, mas o objectivo é alcançar mil línguas africanas, “queremos chegar às mil línguas africanas. Estamos satisfeitos por já haver quase dois mil falantes registados. Estamos a trabalhar com eles hoje”, conta Alain Capo
O smartphone também está disponível no Benim, Burkina Faso e RDC. O preço varia de 45 a 90 dólares.
O Open-G entrou numa lista em constante crescimento ao nível de smartphones fabricados em África e, de acordo com RTL Alemanha, uma operadora internacional já encomendou cinco milhões de Open-G para a África Ocidental.
Fonte Diário Económico SIC African Vibes