Quénia entrou na lista dos paises africanos que já contam com um satelite no espaço. O lançamento do seu primeiro satélite operacional de observação da Terra, teve lugar no dia 8 de Abril, a bordo de um foguete SpaceX dos Estados Unidos.
O satélite foi desenvolvido por nove engenheiros quenianos e terá como objetivo recolher dados agrícolas e ambientais, incluindo informações sobre inundações, secas e incêndios florestais.
As informações serão utilizadas pelas autoridades para a gestão de catástrofes e o combate à insegurança alimentar.
Após três adiamentos devido às condições meteorológicas adversas, o foguete que transportava o satelite designado Taifa-1, partiu sem incidentes da base de Vandenberg, na Califórnia.
“A separação do Taifa-1 foi confirmada”, declarou a Space X na sua emissão quando o satélite foi libertado, cerca de uma hora e quatro minutos após o lançamento.
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Para o site Reuters, o capitão Alloyce Were, engenheiro aeronáutico e director-adjunto de Navegação e Posicionamento da Agência Espacial do Quénia revelou que há muitos desafios por resolver com ajuda do satelite .
“Temos os desafios provocados pelas alterações climáticas, que o satélite poderá ajudar a monitorizar”, disse à Reuters antes do lançamento do satélite.
“Podemos monitorizar as alterações florestais, podemos monitorizar as alterações da urbanização”.
Disse Alloyce Were
O satélite foi construído com a colaboração da empresa aeroespacial búlgara Endurosat, tendo um custo de 372 mil dólares ao longo de um período de dois anos, de acordo com a agência espacial.
Espera-se que o satélite permaneça em funcionamento por um período de cinco anos, após o qual passará por um processo de decaimento ao longo de 20 anos, adentrando a atmosfera e se extinguindo.
O Quénia enviou o seu primeiro nanossatélite para o espaço em 2018.
Em 2022, mais de 50 satélites africanos foram enviados para o espaço, de acordo com a Space in Africa, uma empresa nigeriana que acompanha os programas espaciais africanos.
Egipto foi o primeiro país do continente a enviar um satélite para o espaço, em 1998.
Fonte Africanews Reuters