DevFest 2023: Melhor Evento do Ano?

DevFest 2023

“Sempre a superar as expectativas”, foi assim que Valquiria de Barros resumiu a edição do DevFest 2023, que teve lugar na Faculdade de Engenharia da Universidade Eduardo Mondlane no dia 09 de Dezembro, assumindo que não falta muito para sua realização no Centro de Conferências Joaquim Chissano.

Trata-se de um evento anual dedicado à tecnologia realizado pelos Grupos de Desenvolvedores do Google (GDG) nos países em que o movimento está presente com objectivo de reunir desenvolvedores, estudantes e entusiastas apaixonados pelas inovações e tecnologias.

Pela temperatura que ameaçava chover logo nas primeiras horas, Valquíria de Barros, a expoente máxima na organização do evento, já não contava com o sucesso e superar os números do ano passado, quando levou, mais de 200 amantes da tecnologia a conhecer o Parque de Ciência e Tecnologias de Maluana, mas, foi uma questão de tempo para a organização estar perdida nos números e refazer por inúmeras vezes a contagem dos presentes que ultrapassou 300 pessoas.  

Baoba Hub_GIF

O evento teve o seu início com duas sessões paralelas, anteriormente a abertura feita pelos MCs (Mestres de Cerimónias) Mauricio Junior e Alice Nhaca com a apresentação do que o dia reservava aos participantes. 

As primeiras sessões paralelas consistiram na separação de gêneros. Onde os homens foram convidados para uma sessão sobre “Como lidar com o Erro 404 na vida real” sob a direção dos dois Mários (Mário Mabjaia e Mário Dlamine. As mulheres estavam com a Rassula Calu que mostrou o poder que há em cada uma delas.

Com a saúde mental cuidada, sim, estas sessões foram mais para convidar os jovens a serem mais abertos e saberem que a vida tem altos e baixos se assim quisermos assumir, pois muito foi dito, foi a vez de se regressar para a sala principal por parte das mulheres que antes tiveram que de lá se ausentar. 

O regresso das raparigas à sala principal não foi fácil para a organização. Quando as sessões paralelas iam acontecendo, mais jovens juntavam-se na casa, e isso tornava as coisas “chatas” para organização que se viu na obrigação de quebrar a estética da sala principal para que esta tivesse mais espaço. 

Com tudo resolvido, era então a vez de Dário Pacule subir ao palco e mostrar que nada sabe, mas muito faz no mundo da tecnologia através das suas startups. Quem também seguiu Dario Pacule foi a Rassula e Stella Langa em apresentação sobre a necessidade de sermos únicos e continuar alinhados com os nossos sonhos diante de qualquer obstáculo. 

Posto isto, foi a vez do momento de inspiração com Arley Babe a entrevistar Osvaldo Maria, um dos jovens que esteve na génese dos movimentos de tecnologia, actualmente chamados de comunidades. Osvaldo mostrou que fazer parte destas comunidades moldou a sua visão do mundo e com certeza não estaria onde está caso tivesse se isolado. 

Com esta apresentação, chegava assim, a hora do prato principal do evento, e falando em prato, num desses momentos, os participantes foram convidados para um intervalo para abastecer o estômago para o que estava por vir: sessões paralelas, o que a organização chamou de Breakout Rooms. 

Para dar início a estas sessões, os speakers ou oradores foram chamados ao palco para um Pitch, ou seja, convencer aos presentes para participarem das suas sessões, uma vez que aconteceriam em simultâneo e em salas separadas. 

Aboubakar Bin, Frederico Zile, Enoque Tembe, Elliot Muculo, Donaldo Mariquel e Tony Valeta: são esses os nomes dos oradores que subiram ao palco para apresentar o que reservaram para o participante que os escolhesse. Trata-se de jovens que demonstraram na prática como funciona Design Gráfico, Desenvolvimento Web, Flutter, Gestão de Projetos e UX/UI Design, respectivamente.

A criação dos Breakout Rooms não foi tarefa fácil. Em nota de agradecimento aos oradores e expositores, Valquiria revela que quando surgiu a ideia teve que discutir com todo mundo. 

“Diziam que as pessoas não saberiam para onde ir e seria injusto. Não sei se foi injusto, mas achei interessante ter várias áreas por explorar”. 

E porque a chama está acesa, já olha para o futuro com a expansão da modalidade, assumindo que no final do dia “o DevFest é um festival de tecnologia e vimos que a mesma é vasta”, disse. 

Leia também:


Foi um evento memorável

Pelo formato que foi super diferente, Igor Sambo, presidente da MozDevz, comunidade moçambicana de desenvolvedores, destaca que DevFest foi um evento memorável e interessante por “envolver os participantes em actividades super práticas. Para além das sessões gerais, tivemos breakout rooms respectivamente a várias áreas de desenvolvimento”, disse. 

Até a saída do evento, a organização fez saber que mais de 300 participantes se fizeram presente, com destaque para o número de mulheres que esteve acima da média quando se trata da sua presença neste evento, algo que, na verdade, está a mudar desde o início do ano. 

Valquíria destacou que a organização não estava à espera de tanta gente, ainda que as inscrições confirmassem o contrário. E de zero a 10 a nota podia ser mais, porém ficou com 10 com a certeza que há muito por melhorar. 

 “É sempre 10 porque damos o nosso melhor, e de acordo com o que demos, sempre vamos aprimorar mais vezes e melhorar algumas coisas”.

Valquíria de Barros

Ainda que não fosse um show, era importante o fecho triunfal para celebrar mais uma superação das expectativas. A missão esteve a cargo dos mestres da cerimónia que pediram aos presentes na sala, após as luzes serem apagadas, para que ligassem os flashs (lanternas) dos seus telemóveis e em couro dissessem: DevFest 2023. Claro, após o grito “E este foi”, da parte dos Mcs. 

Maior número de participantes, inovação, sessões paralelas e práticas, espaço para parceiros, jovens de quase todos cantos da capital moçambicana são estes alguns pontos que adjetivam e resumem melhor o que foi DevFest. E falando é Melhor, será este o evento do ano 2023? Fica a dúvida. 

Kabum Digital Revista
Related Posts

Subscreva-se à nossa newsletter. Fique por dentro da tecnologia!

Total
0
Share